LusoJornal / Mário Cantarinha

Joaquim do Rosário cessa funções de Adido Social no Consulado de Paris

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Joaquim do Rosário vai cessar, na próxima semana, as funções de Adido Social no Consulado Geral de Portugal em Paris, cargo que exercia há 6 anos. Vai agora regressar à Direção Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas (DGACCP), e pensa aposentar-se no início do próximo ano.

Joaquim do Rosário é um dos técnicos com mais experiência de Comunidades na DGACCP. Há 48 anos, em outubro de 1973, integrou os quadros da então Secretaria de Estado da Emigração, tendo depois transitado para o então Instituto de Apoio à Emigração e às Comunidades Portuguesas (IAECP) e depois para a atual Direção Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas (DGACCP).

Depois das funções que executou em Lisboa, em 2001 foi nomeado Conselheiro Social junto da Embaixada de Portugal em Brasília, no Brasil, em 2005 mudou-se para a recentemente criada Embaixada de Portugal em Andorra, onde foi Chefe da Secção consular e em 2009 foi nomeado Vice-Cônsul de Portugal em Belém do Pára, também no Brasil. Veio para Paris em 2015 para uma missão de três anos, que foi renovada uma vez.

“Após uma longa carreira a trabalhar com e para as Comunidades portuguesas no estrangeiro, concluo que nela haveria uma enorme lacuna se não tivesse tido a oportunidade de exercer funções junto da Comunidade portuguesa em França” explica Joaquim do Rosário.

Em declarações ao LusoJornal, diz que “Paris tem Comunidades muito características, muito específicas, tem homens e mulheres de corpo e alma inteiros, em nada diferentes dos Portugueses residentes em Portugal” e acrescenta que “os Portugueses residentes no estrangeiros deviam ser vistos em Portugal com olhos menos paternalistas”.

 

Conselheiro Social devia estar na Embaixada

A chegada de Joaquim do Rosário a Paris quebrou uma “tradição” antiga de haver um Conselheiro Social na Embaixada de Portugal em França.

A nomeação nessa altura de um Adido Social para o Consulado Geral de Portugal em Paris, surpreendeu. “Considero, efetivamente, que o Conselheiro Social devia estar na Embaixada” confirma Joaquim do Rosário ao LusoJornal. Por um lado porque devia cobrir todo o território francês e não apenas uma área consular, e também porque “a ação bilateral é muito mais eficaz, sobretudo a nível dos contactos com as autoridades nacionais francesas” explica Joaquim do Rosário.

Aliás tem havido protesto junto de alguns Consulados de Portugal, nomeadamente por parte de Conselheiros das Comunidades, que consideram discriminatório que o Consulado português em Paris tenha um Adido Social e os outros Consulados não.

“No Consulado de Portugal em Paris tive tarefas mais administrativas, mais de terreno, que não me desgostou fazer, mas que me impediram de fazer outro trabalho” explica Joaquim do Rosário que coordenou os atos eleitorais, instalou o Espaço do Cidadão no Consulado, e até coordenou a Chancelaria.

“Acho que não correu mal” conclui o Adido Social que cessa funções neste dia 16 de agosto, e que agora regressa a Portugal. “Saio pessoal e profissionalmente mais enriquecido graças ao contributo de homens e mulheres com quem tive a oportunidade de me relacionar e também fazer amizades. Sou-lhes muito grato por tudo isso”.

Por enquanto o LusoJornal não apurou ainda se Joaquim do Rosário vai ser substituído.

 

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