Joaquim Moura diz que os incentivos para regresso de emigrantes vai alargar-se a profissões liberais

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O Diretor do ponto de contacto para o regresso do emigrante, Joaquim Moura, disse que os incentivos ao regresso dos emigrantes vai estender-se à criação de emprego próprio, para além do atual modelo de empregado por conta de outrem.

“Vamos abrir uma linha de incentivo à criação do próprio emprego, que permita ao emigrante que queira regressa a Portugal criar o seu próprio negócio”, anunciou Joaquim Moura, durante um ‘webinar’ sobre o Investimento da Diáspora. “Isto acontece muito com emigrantes que têm profissões liberais e querem manter esse seu trabalho, e está a ser pensado e desenhado uma linha de apoio para a criação do próprio emprego”, acrescentou o responsável durante a reunião virtual que decorreu na quinta e sexta-feira.

No encontro com o título Investimento da Diáspora, Joaquim Moura atualizou os dados sobre o regresso dos emigrantes portugueses e disse que Portugal já recebeu 2.100 candidaturas de trabalhadores portugueses no estrangeiro, tendo sido aprovadas 1.340. “Recebemos 2.100 candidaturas, das quais 1.340 foram aprovadas até final de novembro, e o perfil das pessoas que estão a regressar aponta para 78% de emigrantes entre os 25 e os 44 anos, 78% dos quais com habilitações superiores”, disse Joaquim Moura.

Na reunião, aberta oficialmente na quinta-feira pelo Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros e pela Ministra da Coesão Territorial, Joaquim Moura explicou que “o Programa Regressar é estratégico para o país”.

“E é uma questão de justiça e de oportunidade para Portugal porque o país enfrenta grandes dificuldades de contratação de profissionais em vários setores e beneficia também de um aumento das contribuições para a Segurança Social, reforço do investimento e combate ao envelhecimento”, acrescentou.

O programa de incentivo ao regresso de emigrantes fornece um conjunto de ajudas que Joaquim Moura salientou serem “muito significativas”, referindo que a proveniência dos emigrantes é liderada pelo Reino Unido, com 20%, França, com 16%, Suíça 15%, Brasil, com 7%, e Angola, de onde vieram 6% dos Portugueses que beneficiam destas condições vantajosas. “O apoio financeiro ao contrato de trabalho pode ir até 2.632 euros, para além de um apoio em forma de reembolso com os custos das viagens, que pode chegar a 1.316 euros, e outros apoios financeiros, que podem chegar a 7.130 euros para uma família de quatro pessoas onde apenas um trabalhe no interior do país”, explicou.

 

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LusoJornal