Livraria Unicepe, no Porto, promove conferência e reapresentação do livro “Gérald Bloncourt – Dias de Liberdade em Portugal”


No próximo dia 11 de abril, sexta-feira, no âmbito das comemorações dos 50 anos da democracia, que continuam este ano tendo como destaque a participação e a democratização, terá lugar na cidade do Porto a conferência “Gérald Bloncourt – Dias de Liberdade em Portugal”.

A conferência, promovida pela livraria Unicepe, um espaço cultural de referência na cidade invicta, realiza-se às 18h00, e será proferida pelo historiador da diáspora Daniel Bastos, autor de obras de referência sobre o trabalho fotográfico de Gérald Bloncourt ligados à emigração e à génese da democracia portuguesa.

Centrada na abordagem do singular trabalho fotográfico de Gérald Bloncourt, que foi um espectador da explosão de liberdade que tomou conta do país após a Revolução de 25 de Abril de 1974, a iniciativa, aberta à Comunidade, e que constitui uma homenagem a uma personalidade ímpar que durante mais de duas décadas escreveu com luz a vida dos portugueses, inclui ainda a reapresentação do livro “Gérald Bloncourt – Dias de Liberdade em Portugal”.

Uma obra bilingue (português e inglês), concebida e realizada por Daniel Bastos em 2019, que contou com prefácio de Vasco Lourenço, um dos mais conhecidos “Capitães de Abril”, e tradução de Paulo Teixeira, onde é retratada através do espólio de Gérald Bloncourt, factos históricos que medeiam a Revolução dos Cravos e a celebração do Dia do Trabalhador. Designadamente, a chegada do histórico líder comunista Álvaro Cunhal ao Aeroporto de Lisboa, a emoção do reencontro de presos políticos e exilados com as suas famílias, o caráter pacífico e libertador da Revolução de Abril, e as celebrações efusivas do 1º de Maio de 1974, a maior manifestação popular da história portuguesa.

Segundo Vasco Lourenço, este livro realizado com o apoio da Associação 25 de Abril, uma das instituições de referência do Portugal democrático, e ilustrado pela lente humanista de Gérald Bloncourt, constitui uma viagem ao “tempo dos sonhos cheios de esperança, da afirmação da cidadania, da construção de uma sociedade mais livre e mais justa, do fim e do regresso de uma guerra sem sentido com a ajuda ao nascimento de novos países independentes, onde a língua portuguesa continuou a ser o principal fator congregador”.