Lusodescendente desapareceu em Nantes depois de uma “techno party” ter sido interrompida pela Polícia

A Polícia francesa lançou um vasto apelo para tentar obter informações sobre o desaparecimento de um jovem lusodescendente em Nantes, no sábado passado. Steve Maia Caniço é filho de pai português e de mãe francesa, tem 24 anos de idade e mora em Treillières, nos arredores de Nantes. Na noite de sexta para sábado passado estava numa “techno party” organizada por ocasião da Festa da Música, no cais Wilson, em Nantes. A festa acabou no meio de uma grande confusão com uma forte intervenção da Polícia. O caso foi mediatizado porque mais de uma dezena de jovens caiu ao rio Loire.

Só Steve Maia Caniço não voltou a aparecer. Os amigos dizem que o jovem lusodescendente, que trabalhava numa escola, estava a dormir no cais, quando a Polícia carregou, mas garantem que nem estava alcoolizado nem com droga. Aliás, todos os amigos dizem que é um “rapaz sóbrio”, conhecedor de música eletrónica e é dado como muito sensível, “capaz de chorar quando ouve um Dj de que goste”.

A Polícia lançou um apelo para encontrar o rapaz, por “desaparecimento preocupante”. Steve teria desaparecido no sábado 22 de junho, por volta das 4 horas da manhã. É relativamente magro, mede 1,72 m, tem olhos verdes e cabelos castanhos e curtos. Na altura tinha vestido uma sweatshirt com a bandeira americana a preto e branco e botas castanhas claras. Usa óculos retangulares acastanhados. A Polícia diz ainda que o jovem tem duas cicatrizes: uma pequena na cara e uma maior por detrás do braço direito.

A família está preocupada porque diz que, se Steve caiu ao rio Loire, como aconteceu com outros jovens, ele não sabe nadar!

Entretanto, criou-se uma onda de solidariedade entre a família e os amigos do jovem de origem portuguesa, bastante ativos nas redes sociais.

Aqueles que estavam com ele na festa contam que a intervenção da Polícia foi particularmente forte e todos os jovens ficaram inundados por uma nuvem de gás lacrimogéneo.

A Inspeção Geral da Polícia (GIGN) está a investigar o comportamento das autoridades militares, a pedido do Ministério do Interior. A Polícia conta que os organizadores tinham autorização de difundir música até às 4h00 da manhã e quando a Polícia mandou parar, um dos Dj’s, num dos 13 palcos instalados no espaço, continuou a pôr música. Os jovens dançavam e começaram a insultar os Polícias que falam mesmo de lançamento de projéteis. Depois, tudo aconteceu em apenas poucos minutos, quando a Polícia carregou.

A Polícia continua a procurar testemunhos pelos números: 02.53.46.72.57 ou 02.53.46.73.91.

 

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LusoJornal