Lusodescendente Sandy Pinto assassinada pelo companheiro em Brétigny-sur-Orge


Uma lusodescendente de 34 anos foi assassinada pelo companheiro, em Brétigny-sur-Orge (91), na noite de terça para quarta-feira. O alerta foi dado pelos vizinhos por volta das 23h30 e os dois filhos do casal estavam no apartamento, mas quando a polícia conseguiu abrir a porta blindada, a mulher já estava morta.

O companheiro, Marvin C., com 32 anos, foi levado imediatamente para prisão preventiva, mas ainda ontem foi hospitalizado de força por ter um discurso incoerente.

Esta hospitalização foi confirmada pelo Procurador da República, Grégoire Dulin, num comunicado enviado ontem à noite às redações.

Sandy Pinto nasceu em França, filha de um casal de Riba de Mouro, Monção. Entretanto os pais e o irmão regressaram a Portugal e a jovem também regressou, mas acabou por voltar para França, deixando a família em Portugal.

Agora, deixa uma menina com 4 anos de idade, filha do casal, e um menino de 7 anos, filho do companheiro. As crianças teriam assistido à disputa do casal e os vizinhos dizem que durou uma boa parte da noite. Decidiram chamar a polícia quando ouviram apelos a socorro por parte da jovem mãe.

Vários vizinhos saíram para o corredor perante os gritos da mãe e das crianças e teriam ouvido claramente o homem dizer que ia matar a mulher e as crianças. Mas quando as Forças de segurança chegaram, depararam-se com um problema maior: a porta do apartamento é blindada e demorou muito tempo a ser arrombada. Quando conseguiram, o homem estava armado com duas facas, mas foi facilmente dominado pelos polícias.

Segundo o Procurador da República, o homem já é conhecido da polícia e já tinha sido condenado três vezes, entre 2014 e 2017: uma vez por violência doméstica contra filhos menores, uma segunda por ter sido apenhado a conduzir sem carta de condução e a última condenação foi por violência em grupo.

Para além da mulher encontrada morta na casa de banho, as duas crianças também teriam alguns ferimentos. Durante um momento, o menino e a menina teriam sido recolhidos em estado de choque por um vizinho que afirma que as crianças estavam traumatizadas e não comiam há dois dias. Entretanto foram seguidos por um médico que confirmou que foram violentados.

A própria Aurore Bergé, nova Ministra delegada com o pelouro da Igualdade entre mulheres e homens e luta contra as discriminações, está a seguir este caso, felicitando o socorro das forças policiais e a reação dos vizinhos, mas disse que houve “disfuncionamentos” e quer deslocar-se a Brétigny-sur-Orge nos próximos dias.

LusoJornal