Lusa / Mário Cruz

Marcelo Rebelo de Sousa, Emmanuel Macron e mais 30 líderes mundiais pedem ambição climática

O Presidente da República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, o seu homólogo francês Emmanuel Macron, e mais 30 líderes mundiais juntaram-se num apelo à comunidade internacional e aos Estados subscritores do Acordo de Paris para que 2019 seja “o ano da ambição climática”.

Este apelo surge em vésperas da Cimeira de Ação Climática, convocada pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, que se realizará na próxima segunda-feira, dia 23 de setembro, em Nova Iorque nos Estados Unidos, na qual o chefe de Estado português Marcelo Rebelo de Sousa irá participar.

Nesta “Iniciativa para Maior Ambição Climática”, lançada pelo Presidente da Áustria, Alexander Van der Bellen, do partido austríaco ‘Os Verdes’, presidentes de países como França, Finlândia, Gana, Alemanha, Moçambique ou Nepal e os primeiros-ministros da Espanha e da Suécia, entre outros, pedem que cada Estado leve a essa cimeira do clima “os seus planos e iniciativas concretas” para cumprir os objetivos do Acordo de Paris.

Os 32 chefes de Estado e de Governo subscritores desta declaração dirigem-se também às instituições financeiras, a quem pedem “para alinharem os seus investimentos com as metas de longo prazo do Acordo de Paris” e para “aumentarem os investimentos em eficiência energética e energias renováveis, assim como para desinvestirem tão cedo quanto possível da economia baseada nos combustíveis fósseis”.

Assinam esta declaração os chefes de Estado da França, Portugal, Áustria, Bósnia-Herzegovina, Chipre, Suazilândia, Finlândia, Gana, Gambia, Alemanha, Grécia, Hungria, Islândia, Irlanda, Israel, Itália, Coreia do Sul, Letónia, Líbano, Moldávia, Mónaco, Montenegro, Moçambique, Nepal, Palau, Sérvia, Eslováquia e Eslovénia e os primeiros-ministros da Dinamarca, Países Baixos, Espanha e Suécia.

Estes 32 líderes políticos escrevem que as atuais medidas tomadas pela comunidade internacional “não são suficientes para atingir as metas de longo prazo estabelecidas no Acordo de Paris” e que “tem de ser feito mais – e a ação tem de ser rápida, decisiva e conjunta”.

“Temos a obrigação coletiva perante as futuras gerações de fazer tudo o que é humanamente possível para travar as alterações climáticas, bem como para nos adaptarmos aos seus efeitos adversos”, defendem.

“Apelamos à comunidade internacional e a todas as partes do Acordo de Paris: Vamos agir em conjunto, decisivamente, e rapidamente para travar a crise climática global”, acrescentam, concluindo: “Vamos legar às nossas crianças e futuras gerações um mundo onde valha a pena viver”.

 

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