Lusa | Tiago Petinga

Marcelo sugere experiência piloto de voto eletrónico na emigração


O Presidente da República sugeriu ontem que Portugal faça uma experiência piloto de voto eletrónico nos círculos da emigração, destacando a proposta feita pelo Conselheiro das Comunidades Portuguesas nos Países Baixos.

“Eu acho que não se perdia nada em fazer a experiência piloto e ver que conclusões é que se chega”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, durante um encontro com emigrantes e lusodescendentes, em Amesterdão, onde chegou ontem, para uma visita de Estado aos Países Baixos.

Antes, neste encontro realizado na Associação Portuguesa de Amesterdão, o Presidente da República referiu que Tiago Soares, Conselheiro das Comunidades Portuguesas, tem uma proposta de “ensaio do voto eletrónico nas próximas eleições presidenciais”.

“Não sei o que é que o Governo pensa da ideia, mas, sobretudo a Assembleia da República, que tem a palavra decisiva”, disse o Chefe de Estado, que falava perante o Ministro da Economia, Pedro Reis, e Deputados de PSD, PS, Chega, IL e CDS-PP.

Questionado, a seguir, pela comunicação social, Marcelo Rebelo de Sousa salientou que é “há muito tempo defensor” da introdução do voto eletrónico para os Portugueses residentes no estrangeiro. “Eu há muito tempo sou defensor de, primeiro, em vez de haver um sistema para cada tipo de eleição em que participam os Portugueses que estão no estrangeiro, haver apenas um sistema, para ser menos confuso. Em segundo lugar, devíamos ensaiar, pelo menos ensaiar, o voto eletrónico que existe noutros países e ver quais são os problemas e as vantagens que tem”, referiu.

Sobre a proposta de Tiago Soares, o Presidente da República adiantou que “a ideia dele é propor que isso seja experimentado em vários países diferentes, ou seja, nas Comunidades portuguesas, em vários países diferentes, na Europa, na América do Norte, na América do Sul, na África, portanto, para se poder comparar”.

Esta proposta tinha sido feita recentemente pelo Conselho regional da Europa do Conselho das Comunidades, cujo Presidente é Vítor Oliveira, Conselheiro eleito em Toulouse.

Interrogado pelo LusoJornal na semana passada, o Ministro dos Negócios Estrangeiros Paulo Rangel não deu muita importância a esta proposta e disse que “não passa disso mesmo, uma proposta”.

LusoJornal