O Deputado socialista Paulo Pisco, eleito pelo círculo eleitoral da emigração na Europa, que cessa agora funções na Assembleia da República – porque não é candidato à sua própria sucessão – deixou nas redes sociais uma mensagem de despedida onde agradece as muitas mensagens de reconhecimento pelo seu trabalho e onde diz continuar disponível para que a voz dos Portugueses residentes no estrangeiro seja mais ouvida em Portugal.
O LusoJornal transcreve a mensagem:
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“Caros compatriotas,
caros portugueses residentes no estrangeiro,
e, acima de tudo, caros amigos,
Depois de 15 anos consecutivos de atividade parlamentar, à qual eu me dediquei de forma intensa e com muita paixão, de dedicação ao nosso país, a Portugal, às nossas Comunidades, que sempre procurei que fossem valorizadas e reconhecidas, entro agora numa nova fase da minha vida, que posso dizer que começou quando, pela primeira vez emigrei, em 1995, para a Bélgica.
Queria agradecer a todos, as dezenas e dezenas de mensagens de reconhecimento pelo meu trabalho e pela minha dedicação junto das Comunidades portuguesas, que é para mim muito importante. Como julgo que o reconhecimento é muito importante para todas as pessoas, é uma dimensão humana na qual nós nunca nos podemos de facto esquecer.
Queria, acima de tudo, agradecer a generosidade com que sempre fui recebido nas nossas Comunidades, as oportunidades que tive de conhecer histórias de vida tão extraordinárias de Portugueses que emigraram quantas vezes com tantas dificuldades.
Queria agradecer acima de tudo a amizade que criei com tantos e tantos dos nossos compatriotas. Para mim é a questão essencial. A política sem dimensão afetiva, sem dimensão humana, sem a amizade, tem pouco valor.
A política tem que ser feita com valores. Isso, para mim, é um princípio do qual eu nunca abdicarei.
E sei também que há sempre muito para fazer nas nossas Comunidades, é um trabalho que não termina, este trabalho de aproximação entre Portugal e os Portugueses que estão lá fora, de reconhecimento e é preciso por isso que haja uma relação sólida, estável e permanente, entre Portugal, as suas instituições e os Portugueses que vivem no estrangeiro.
Sabem onde estou. Sabem que a disponibilidade que eu sempre tive, será a disponibilidade que eu sempre terei. Poderão sempre contar comigo e eu farei tudo para que a voz dos Portugueses residentes no estrangeiro seja ouvida em Portugal.
Esta é, posso dizê-lo, a minha missão, será sempre a minha missão.
Um abraço muito forte a todos e até breve”.