Home Cultura Momento de Poesia com António GasparLusojornal·14 Outubro, 2020Cultura O poema da vida, a vida em poema 1 Dia 12 de agosto de 1962 dia em que achei graça nesse mesmo dia fui eu assentar praça 2 Fui eu assentar praça com lágrimas e a chorar deixei pai e mãe para ir à vida militar 3 Comecei a minha vida militar a comida não era muito boa fui assentar praça em caçador 5 de Lisboa 4 O clarim tocava a formar eu lá ia para a formatura começam as instruções para concluir a recruta 5 Terminei a recruta de graduação alto ponto com três meses de instruções vim a passar a pronto 6 Passei a pronto com toda a minha cautela a partir dessa data comecei a fazer sentinela 7 Quando não estava de serviço à noite metia dispensa ao terminar a recruta oito dias me deram de licença 8 Terminada a licença minha mãe mandou-me um chouriço foi chegar ao quartel e entrei logo de serviço 9 Continuei com o serviço numa vida normal ao fim de pouco tempo transferido para Setúbal 10 Em Setúbal o serviço continuou mas também se jogava à bola a 12 de março de 1963 embarcamos para Angola 11 Seguimos para Noqui sempre falando com Jesus o nosso transporte era o barco Vera-Cruz 14 Chegamos a Noqui com todo o nosso batalhão o comando aí ficou a minha companhia ao campo de aviação 15 Aí começou a nossa luta como todo o nosso coração a 20 de maio tivemos um acidente morreu o alferes do meu pelotão 16 Com esta grande tragédia afirmamos com grande firmeza a nossa companhia ficou de luto e tristeza 17 O nosso acampamento era como um campismo toda a nossa luta era contra o terrorismo 18 Dias e noites estava de serviço todo o tempo em que eu passava pois minha melhor arma era o terço que eu rezava 19 No decorrer desta luta sem poder fazer mais nada pois pensei para comigo em arranjar uma namorada 20 Escrevi um aerograma de forma cor-de-rosa a namorada veio a ser minha prima Maria Graciosa 21 Assim continuou o namoro em todo o tempo militar com saudades de voltar à metrópole para meus pais e namorada abraçar 22 Onze meses passados no Norte não foi uma brincadeira ordem do nosso Comandante o batalhão vai para Sá da Bandeira 23 De Noqui para Luanda viemos de viatura de Luanda para Moçâmedes novamente o Vera-Cruz 24 Chegamos a Moçâmedes a nossa ideia era essa o batalhão foi para Sá da Bandeira a minha companhia para Pereira-Deça 25 Terminados dezasseis meses no sul tudo foi normal ordens do Comandante vamos para Portugal 26 Do sul para Luanda viemos de viatura de Luanda para Lisboa novamente no Vera-Cruz 27 A 13 de junho de 1965 chegamos a Lisboa a sorrir e a cantar a 17 cheguei à minha terra para pais, irmãos e namorada abraçar 28 Para mim foi uma alegria ao terminar a vida militar regressar à minha terra para o namoro continuar 29 O namoro continuou como também a nossa dança em abril de 1966 emigrei para França 30 Em abril fui para França era esse o meu pensamento a 21 de janeiro de 1967 realizámos o nosso casamento 31 Realizámos o nosso casamento com todo o amor empecilhos em agosto de 1967 começaram a vir os filhos 32 Começaram a vir os filhos graças a Deus de olhos abertos depois de alguns anos começaram a vir os netos 33 Eu e a minha esposa assim formámos o nosso lar seis filhos que temos dez netos a acompanhar 34 Para mim e minha esposa é uma alegria no coração ver filhos e netos em volta da mesa a comer o pão 35 Eu e minha esposa muitas graças devemos dar de todos os filhos e netos a eles nos podemos abraçar 36 Assim vou terminar com esta minha canção minha esposa, filhos e netos estarão sempre no meu coração. [pro_ad_display_adzone id=”37509″]