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Isto até me custa a querer
No dia que eu morrer
Não precisam de chorar
Contando desaparecer
Eu deixo de incomodar
Com o tempo, a vida passa
O amor e a paixão
Infelizmente a compaixão
É a obra da desgraça
Por muito que a gente faça
Muito fica por fazer
Isto até me custa a querer
Partir sem deixar saudade
Seguir para a eternidade
No dia em que eu morrer.
A morte é um segrego
Nunca avisa quando vem
Ela não perdoa ninguém
Até ao diabo mete medo
Seja tarde ou seja cedo
Contas terei que prestar
Com paciência há que esperar
Para já não tenho pressa
Não paguem por mim promessa
Não precisam de chorar.
Causa sempre admiração
Quando a vida termina
Ao nascer já traz a rima
E a varinha de condão
Eu a Deus peço perdão
Mesmo sem o conhecer
No entanto gostaria de saber
O dia que a vida finda
E que a morte seja bem vinda
Contando desaparecer.
Viver em paz é castigo
Ciúme de um homem tolo
Como ainda tenho miolo
Faço atenção ao que digo
Se Jesus é meu amigo
Só Ele me pode salvar
Já estive para lhe perguntar
Porque está cruxificado
Terminando todo este fado
Eu deixo de incomodar.
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