Momento de Poesia com José Sabino

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Isto até me custa a querer

 

No dia que eu morrer

Não precisam de chorar

Contando desaparecer

Eu deixo de incomodar

 

Com o tempo, a vida passa

O amor e a paixão

Infelizmente a compaixão

É a obra da desgraça

Por muito que a gente faça

Muito fica por fazer

Isto até me custa a querer

Partir sem deixar saudade

Seguir para a eternidade

No dia em que eu morrer.

 

A morte é um segrego

Nunca avisa quando vem

Ela não perdoa ninguém

Até ao diabo mete medo

Seja tarde ou seja cedo

Contas terei que prestar

Com paciência há que esperar

Para já não tenho pressa

Não paguem por mim promessa

Não precisam de chorar.

 

Causa sempre admiração

Quando a vida termina

Ao nascer já traz a rima

E a varinha de condão

Eu a Deus peço perdão

Mesmo sem o conhecer

No entanto gostaria de saber

O dia que a vida finda

E que a morte seja bem vinda

Contando desaparecer.

 

Viver em paz é castigo

Ciúme de um homem tolo

Como ainda tenho miolo

Faço atenção ao que digo

Se Jesus é meu amigo

Só Ele me pode salvar

Já estive para lhe perguntar

Porque está cruxificado

Terminando todo este fado

Eu deixo de incomodar.

 

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LusoJornal