LusoJornal / Mário Cantarinha

Momento de poesia por Carlos Manuel Candeias

Lutar e Vencer

 

Os Povos não se revoltam por prazer

Há sempre uma poderosa razão

Mais forte que o maior Poder

Quando a luta é pelo pão

 

Desde sempre o Povo lutou

Contra a injustiça e a opressão

Umas vezes perdeu, outras vezes ganhou

Mas nada mudou sem revolução

 

O Homem deve viver de pé

Nunca ajoelhado e escravizado

Livre na sua escolha de crença e fé

Todo o Homem merece ser respeitado

 

Lutar pelo respeito e dignidade

É um dever de toda a sociedade

Povo sem medo, atravessa a rua

Esta luta é justa, ela é tua

 

Povo lutador, continuas ignorado

Ao longo dos séculos maltratado

Nada na vida é eternamente garantido

Já ninguém cumpre o prometido

 

Povo sagrado, luta pela justiça e igualdade

Em todo o lado, no campo e na cidade

Unido na mesma luta com ardor

Para o reconhecimento do trabalhador

 

Batalhar sem tempo, pelejar sem idades

É o combate dos pobres e dos desesperados

Guiados pela mesma vontade e querer

Prontos para lutar e vencer

 

O Homem e a Natureza

Fazem parte da mesma beleza

Os dois são um único mundo

O seu sofrimento é profundo

 

É indispensável conceber a boa equação

Em boa consciência e dentro da razão

Salvar os dois, sem destruição

Com Inteligência, Fraternidade e Coração

 

Carlos Manuel Candeias

Paris, 1 de dezembro de 2018

 

 

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