Morreu Leonel Lopes, Conselheiro municipal delegado em Eclose-Badinières (38)

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Com apenas 48 anos de idade, Leonel Lopes, Conselheiro municipal delegado em Eclose-Badinières (38), faleceu no passado dia 25 de março e as cerimónias religiosas tiveram lugar na Igreja de Badinières no sábado, 27 de março, e repousa agora no Centro funerário Boudrier de Bourgoin-Jallieu.

Há 21 anos que Leonel Lopes residia em Eclose-Badinières, onde construiu uma casa, mas sempre foi considerado um “homem discreto”. Este já era o terceiro mandato municipal, primeiro como Conselheiro municipal e desde o último mandato que era Conselheiro municipal delegado. Tanto o Maire Alain Berger como os restantes membros do Conselho municipal, exprimiram publicamente o seu pesar pela “morte brutal” deste “homem discreto mas extremamente competente”, também em nome dos funcionários municipais que se dizem “chocados”.

Os pais de Leonel Lopes são da região de Leiria. A mãe chegou a França em 1961, vinda da aldeia de Janardo (Marrazes, Leiria) e o pai chegou um ano depois, vindo da aldeia de Casalinho (Pombal).

Quando Manuel Lopes registou o filho no registo civil, “eles escreveram o nome à francesa” lamenta ao LusoJornal. Escreveram Lionel em vez de Leonel e Philippe em vez de Filipe. “Na altura eu nem dei conta. Mas o meu filho fez tudo para alterar o nome e conseguiu que o nome dele fosse escrito à portuguesa. Tinha o Bilhete de identidade português e tudo” disse emocionado.

O casal Lopes tem mais uma filha, Céline, que mora em Montpellier. Já aposentados, vão mais vezes a Portugal. “O meu filho gostava muito de Portugal, lia jornais portugueses, quando havia um jogo de uma equipa portuguesa na televisão telefonava-me logo para eu ver. Ele gostava muito de Portugal e ia sempre de férias a Portugal” conta Manuel Lopes. “A minha nora, Kathy e os meus netos [ndr: Lucas e Lonie, de 20 e 17 anos respetivamente], também gostam muito de Portugal e o meu filho contava um dia instalar-se em Portugal” conta o pai que mora em La Verpillières.

Leonel Lopes trabalhava na CAPI, uma estrutura territorial, onde era responsável pelos espaços públicos e iluminação pública, já que a sua especialidade era a sinalização dos espaços públicos.

Morreu quando estava em casa, a jardinar. “Ele estava no jardim, começou a dar-lhe uma dor no peito, entrou para casa, pediu ajuda à mulher e à filha que chamaram imediatamente os bombeiros, mas morreu assim, repentinamente” conta o pai com emoção. “Foi uma morte brutal”.

 

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LusoJornal