Nova edição do livro “O Soldado Sabino” de Nuno Gomes Garcia lançado hoje pela Visgarolho Editora

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A Visgarolho Editora lança hoje uma nova edição do livro “O Soldado Sabino” de Nuno Gomes Garcia “o retrato da Grande Guerra que destruiu a Europa através dos olhos de um bem-humorado psicopata lisboeta”.

“Esta reedição do meu primeiro romance (publicado em 2012) deixa-me muito contente. De todas as personagens dos quatro livros que escrevi, o Sabino é ainda a minha preferida” diz o autor que também é colaborador do LusoJornal.

“Sabino, um homem amaldiçoado, viu a sua pacata existência transformar-se no dia em que o rei foi assassinado em Lisboa, levando-o a enfrentar um mundo a ferro e fogo, onde a luta pela sobrevivência lhe proporciona uma viagem pelos lugares mais violentos de uma Europa em fim de ciclo. Abandonado pela família e entregue aos seus demónios interiores, Sabino inicia uma imprevisível demanda pela normalidade: ela poderá estar na carne de outros homens ou no amor de uma mulher” lê-se na ficha de apresentação do livro que agora tem 296 páginas.

Trágico e cómico, “O soldado Sabino”, primeiro romance de Nuno Gomes Garcia publicado em 2012 e há muito esgotado, revela-nos com crueza a violência da guerra das trincheiras e o absurdo da condição humana. Uma viagem de uma década, entre 1908 e 1918, durante a qual um jovem nascido em Alfama, padecendo de uma enfermidade (incurável?), viaja através de um mundo em decomposição. Ele experimenta a violência extrema da sociedade portuguesa do início do século XX (o que desmente o mito do ‘povo de brandos costumes’), as esquecidas batalhas entre os impérios coloniais alemão e português em África, a guerra das trincheiras e o preâmbulo daquela que viria a ser a guerra civil russa. O retrato de um tempo já passado, mas, num momento histórico em que a guerra de alta intensidade regressou à Europa, pleno de atualidade.

Depois de ter editado na Leya/Casa das Letras e na Presença/Manuscrito, Nuno Gomes Garcia opta agora por editar “O Soldado Sabino” na Visgarolho Editora, nascida em 2021. “Este projeto do meu querido amigo Rui Miguel Almeida tem um potencial de crescimento enorme simplesmente porque o seu principal objetivo é publicar (só!) boa literatura (por muito subjetivo que isso seja). Num mundo que se mexe a alta velocidade, onde as pessoas – e os leitores – buscam incessantemente a novidade e o ligeiro, esse tão descomplicado objetivo, ‘publicar (só!) boa literatura’, é, por si só, algo revolucionário” diz o autor.

O prefácio é de Cristina Drios, que é a autora, “daquele que é o melhor romance português jamais escrito sobre a Grande Guerra de 1914-18: ‘Os olhos de Tirésias’”.

Aliás, Cristina Drios, escreve que “Nuno Gomes Garcia encontrou na descrição crua, desapiedada e magistral de todo este horror, uma forma de nos abanar a consciência, colocando-nos no meio da lama, dos ratos, do frio, da fome e dos cadáveres destroçados. A literatura consegue – como expressou Baudelaire – aquilo que as imagens, que infelizmente todos os dias nos bombardeiam, raramente almejam: a identificação com o outro”.

Nuno Gomes Garcia vai apresentar o livro em vários eventos em Portugal, em Aveiro, Matosinhos, Maia e Lisboa. Por exemplo, a Biblioteca Municipal Florbela Espanca, em Matosinhos, e a Biblioteca Municipal Doutor José Vieira de Carvalho, na Maia, irão acolher no dia 27 de abril, pelas 18h00, e no dia 28 de abril, pelas 21h00, respetivamente, a apresentação do livro. Estas duas apresentações vão ser organizadas em colaboração com a Associação Internacional dos Lusodescendentes (AILD) do qual Nuno Gomes Garcia é Diretor-Geral do Conselho Cultural da AILD/França.

E em cada apresentação vai ser projetado o filme documentário “Os herdeiros da batalha de La Lys”, do realizador Carlos Pereira.

Depois de Portugal, o livro volta a ser apresentado em França e tem programado dois eventos no Consulado Geral de Portugal em Paris (dia 11 de maio) e na Casa de Portugal André de Gouveia (dia 27 de maio). Nos dois casos também vai ser projetado o documentário “Os herdeiros da batalha de La Lys”, desta vez também com a presença do realizador Carlos Pereira.

Nuno Gomes Garcia nasceu em Matosinhos em 1978. Estudou História e Arqueologia nas Faculdades de Letras do Porto e de Lisboa, centrando-se na História Medieval, do Renascimento e da Expansão Europeia. Foi arqueólogo durante doze anos.

Agora mora na região parisiense, dedica-se à escrita de ficção – tem quatro romances e vários contos publicados -, à consulta editorial e à divulgação da literatura lusófona na rádio Alfa e no LusoJornal.

Também é o cofundador do projeto coletivo “Mapas do Confinamento”. Foi finalista do Prémio Leya em 2014, e, em 2022, foi laureado, em França, onde tem romances traduzidos, com a bolsa de criação literária Jean Monnet atribuída no âmbito do LEC – Littératures Européennes Cognac. Tem dois filhos trilingues e vive em Paris.

Outros romances publicados: “Zalatune” (Presença/Manuscrito, 2021), “O Homem Domesticado” (Leya/Casa das Letras, 2017) e “O Dia em Que o Sol Se Apagou” (Leya/Casa das Letras, 2015).

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LusoJornal