Nova manifestação dos emigrantes lesados do BES antes das eleições legislativas

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Na véspera das eleições legislativas em Portugal, os Emigrantes Lesados Unidos (ELU) voltam a manifestar no próximo sábado, dia 29 de janeiro, às 10h30, em frente da Embaixada de Portugal em Paris. “A Préfecture de Police de Paris autorizou oficialmente esta manifestação” diz Carlos Costa dos Santos, Coordenador dos Emigrantes Lesados Unidos (ELU).

“Ao contrário do que foi dito pela comunicação social, ainda há produtos supostos de poupança (tais como o EURO AFORRO 10) que ficaram fora de qualquer acordo. Por exemplo, de 100 euros depositados nestes produtos, os emigrantes lesados recuperaram 11 euros, ou seja uma perda quase total, e não 50% nem 75%!” diz Carlos Costa.

Para o Coordenador dos Emigrantes Lesados Unidos (ELU) “tal como em todas as manifestações prévias que organizámos em Paris, independentemente de quaisquer associações em que os emigrantes lesados não confiam mais desde o verão 2017, reclamamos que sejam devolvidas todas as poupanças conseguidas depois de uma vida de sacrifícios fora de Portugal”.

“O BES não era só intermediário, mas deu também a sua garantia segundo a qual reembolsava os emigrantes lesados. Mais de que uma promessa de reembolso, é o mecanismo de venda/recompra que o BES já praticava há anos com a clientela emigrante” diz numa nota enviada ao LusoJornal. “Foi essa garantia que obrigou a auditoria e a direção financeira do BES SA a constituir uma provisão nas contas de liquidação do BES. Em contabilidade, uma provisão é um passivo ao mesmo título que qualquer dívida”.

Carlos Costa vai mais longe e diz que “o nosso objetivo é também denunciar a corrupção atual em Portugal e os casos onde grandes devedores de estabelecimentos de crédito foram perdoados enquanto os emigrantes lesados – a quem foram comercializados produtos de alto risco sem o devido dever de informação – não foram ressarcidos”.

Esta é uma luta que iniciou há mais de 6 anos, “mas a nossa determinação é intacta e íntegra. Nunca desistiremos da nossa luta mais que justa”.

 

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LusoJornal