A primeira reunião do novo Conselho Consultivo da área consular de Paris teve lugar no sábado passado, nos salões Eça de Queirós do Consulado Geral de Portugal, presidido pela Cônsul-Geral Mónica Lisboa.
Depois de assumirem funções, os titulares dos postos têm seis meses para constituírem um Conselho Consultivo. Compete a este Conselho Consultivo “produzir informações e pareceres sobre as matérias que afetem as pessoas portuguesas residentes na respetiva área de jurisdição consular, assim como elaborar e propor recomendações respeitantes à aplicação das políticas dirigidas às Comunidades portuguesas”.
Para além da Cônsul-Geral Mónica Lisboa, participaram Pedro Pacheco, Adido para a Segurança Social e a Coordenadora do ensino de português em França, Isabel Sebastião. Esteve ainda presente a Cônsul-Geral Adjunta Mafalda Paiva de Oliveira.
Pela primeira vez, desde a alteração do Regulamento consular, os membros do Conselho das Comunidades Portuguesas eleitos na área de jurisdição do Consulado passam a integrar, por inerência, o Conselho Consultivo. Paulo Marques e Christine Alves não puderam participar, excecionalmente, por razões de agenda profissional e pessoal, mas participaram na reunião os Conselheiros Emília Ribeiro, Fernando Rodrigues Julião, Odete Fernandes Mendes, João Martins Pereira e António Oliveira.
A Lei prevê também que a Cônsul-Geral possa nomear “até seis elementos representativos da Comunidade portuguesa, residentes na área de jurisdição do posto, a indicar de entre as representações associativas de portugueses, entidades empresariais locais ou nomeados pelo titular do posto”.
Mónica Lisboa nomeou o Padre Nuno Aurélio, Reitor do Santuário de Nossa Senhora de Fátima de Paris, Ana Paixão, Diretora na Cité Internationale Universitaire de Paris, Anne Lima, cofundadora das Éditions Chandeigne & Lima, Carlos Vinhas Pereira, Presidente da Câmara de Comércio e Indústria Franco-Portuguesa, Fernando Lopes, Diretor Geral da Rádio Alfa e o jornalista Carlos Pereira, Diretor do LusoJornal.
Mafalda Paiva de Oliveira fez uma intervenção sobre o funcionamento do posto e a contínua missão de elevar a imagem do Consulado-Geral, incluindo através da vertente da comunicação, passando pelos eventos realizados nos Salões Eça de Queirós, pela presença das titulares do posto nos eventos das Comunidades e do reforço de contacto com as autoridades locais.
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Conselho Consultivo preocupado com diminuição de funcionários
Durante a discussão, os membros do Conselho Consultivo mostraram preocupação pelo número de funcionários que já este ano têm saído por aposentação, sem serem substituídos, e pelos que se prevê saírem a curto prazo e temem que a situação do atendimento, agora estabilizada, volte a aumentar os tempos de espera.
Também foi evocada a questão do ensino e referidos alguns atrasos no início das aulas de português nas escolas com o dispositivo EILE [Ensino internacional de língua estrangeira]. Isabel Sebastião chamou a atenção para alguns cursos de português do EILE que podem estar em risco, quando as autarquias não disponibilizam salas de aulas nas escolas à quarta-feira e ao sábado.
A Coordenadora do ensino de português informou que o programa de aulas à distância deixou de ser uma experiência piloto e passou a ser uma proposta do Instituto Camões em todo o país “fora das áreas onde há cursos presenciais de português”.
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Conselho consultivo concorda com a importância de reforçar a comunicação para chegar a mais portugueses
Todos os presentes evocaram a dificuldade de chegar a toda a “Comunidade”, portuguesa e luso-descendente, nas suas mais diversas expressões, e reconhecem que ainda há aspetos a trabalhar na divulgação da informação relevante dos Consulados, do Adido de Segurança Social e da Coordenação do Ensino, pelo que “é necessário concertar esforços para que os órgãos de comunicação social possam trabalhar mais eficazmente”, desafio que a Cônsul-Geral quer “abraçar”.
No final da reunião, a Cônsul-Geral ofereceu um almoço aos membros do Conselho Consultivo.