LusoJornal / Mário Cantarinha

O 25 de Abril do sociólogo Manuel Dias

Para mim, o 25 de Abril representa o fim de 48 anos de fascismo, repressão, escuridão, miséria e falta de liberdade, mas também o fim da sinistra Guerra colonial e a independência dos povos africanos, e particularmente a democracia e a liberdade de um povo unido com os Capitães de Abril.

Em abril de 1974, vivia em Nantes, trabalhava nos Estaleiros navais de Nantes-St Nazaire, era responsável sindical da CFDT. A notícia da Revolução foi-me comunicada por um companheiro do Sindicato na manhã do dia 25 de abril. Foi um momento de alegria e de felicidade.

No fim do mês de maio de 1974, organizei em Nantes uma reunião dos democratas portugueses daquela região para mobilizar a Comunidade e apoiar a Revolução dos cravos.

Para mim, hoje o 25 de Abril representa a esperança de um povo, que mesmo “esmagado” pelas medidas da Troika e do Governo, continua a lutar por uma vida melhor, pela dignidade e pela liberdade.

 

Manuel Dias

Sociólogo, Coletivo Aristides de Sousa Mendes

 

Testemunho recolhido para o LusoJornal, no quadro da Exposição sobre os 40 anos do 25 de Abril, do fotógrafo Mário Cantarinha, publicado na edição em papel do LusoJornal de abril de 2015.

 

[pro_ad_display_adzone id=”37510″]

LusoJornal