Home Cultura O cinema de Éric Rohmer vai poder ser visto até janeiro em salas de Lisboa e PortoLusojornal·16 Julho, 2021Cultura [pro_ad_display_adzone id=”46664″] O primeiro capítulo de um ciclo dedicado ao realizador Éric Rohmer começou ontem, nos cinemas Nimas, em Lisboa, e Campo Alegre, no Porto, e inclui a sua primeira longa-metragem, “O Signo do Leão”, inédita em sala em Portugal. O ciclo, que vai estender-se até janeiro e abranger a quase totalidade das longas-metragens de Éric Rohmer (1920-2010), em cópias digitais restauradas, vai mostrar ainda, nesta primeira etapa, quatro títulos da série “Contos Morais”, conforme o programa divulgado pela distribuidora. Até ao final do mês, as duas salas de cinema irão exibir “A Coleccionadora” (1967), “A Minha Noite em Casa de Maud” (1969), primeiro sucesso de público, que deu ao cineasta o prémio Méliès e duas nomeações para os Óscares, “O Joelho de Claire” (1970), prémio Louis Delluc de França e Concha de Ouro do Festival de San Sebastian, e “O Amor às 3 da Tarde” (1972). Neste primeiro capítulo do ‘ciclo Rohmer’, será também exibida a longa-metragem de estreia do cineasta francês, “O Signo do Leão” (1962), que nunca teve distribuição comercial em Portugal. O cinema Nimas projetará ainda os restantes dois filmes dos “Contos Morais”, a média-metragem “A Profissão de Suzanne” (1963) e a ‘curta’ “A Padeira de Monceau” (1969), numa sessão especial, no dia 25 de julho, de acordo com a Leopardo Filmes. Esta série, dirigida ao longo de quase uma década (1963-1972), adapta os seis “Contos Morais”, escritos por Rohmer, editados em Portugal pelos Livros Cotovia. Em outubro, será retomado o segundo capítulo do ciclo, com os filmes da série “Comédias e Provérbios”, que inclui “A Mulher do Aviador” (1981), “O Bom Casamento” (1982), Prémio César do cinema francês, “Paulina na Praia” (1983), Urso de Prata de melhor realização e prémio da crítica no Festival de Berlim, “Noites de Lua Cheia” (1984), “O Raio Verde” (1986), Leão de Ouro e prémio da crítica, em Veneza, e “O Amigo da Minha Amiga” (1987). O terceiro capítulo, em dezembro, é composto por “Adaptações Literárias e Outros” filmes de Rohmer, nomeadamente “A Marquesa de O” (1976), a partir da obra de Kleist, que recebeu o Grande Prémio do Júri de Cannes, “Perceval, o Galês” (1978), inspirado no texto medieval de Chrétien de Troyes, Prémio Méliès, “4 Aventuras de Reinette e Mirabelle” (1987), “A Árvore, o Presidente e a Mediateca” (1993) e “Os Encontros de Paris” (1995). O ciclo fica concluído em janeiro de 2022, com os “Contos das Quatro Estações”: “Conto da Primavera” (1990), “Conto de Inverno” (1992), prémio da crítica no festival de Berlim, “Conto de Verão” (1996) e “Conto de Outono” (1998). Previsto para 2020, para assinalar o centenário do “irmão mais velho” dos realizadores da ‘nouvelle vague’, mas adiado por causa da pandemia, o ciclo inclui 20 das longas-metragens da obra de Rohmer, marcada pela abordagem das contradições morais, e sempre leal à literatura e ao cinema, as paixões do realizador. O chamado “cineasta da precisão”, que dirigiu os Cahiers du Cinéma, recebeu o Leão de Ouro de carreira, em Veneza, em 2001, o mesmo ano em que concluiu “A Inglesa e o Duque” (2001). Depois desse momento, seguir-se-iam ainda os filmes “Agente Triplo” (2004) e “Os Amores de Astrea e Celadon” (2007), que adapta o romance seiscentista de Honoré d’Urfé. A obra de Rohmer, como realizador, teve início na década de 1950, com curtas-metragens como “Bérénice” (1954) e “Véronique et son cancre” (1958). Além de várias produções televisivas e documentais, inclui ainda “Os Encontros de Paris” (1995) e “A Árvore, o Presidente e a Videoteca” (1993). Segundo a distribuidora, depois da passagem pelo cinema Nimas, em Lisboa, e pelo Teatro Campo Alegre, no Porto, os filmes do ciclo serão exibidos mais tarde, em datas a anunciar, no Auditório Charlot, em Setúbal, no Teatro Académico Gil Vicente, em Coimbra, no Theatro Circo, de Braga, e no Centro de Artes e Espetáculos da Figueira da Foz. [pro_ad_display_adzone id=”37509″]