Opinião: O Voto dos Portugueses no estrangeiro nas Presidenciais e o voto eletrónico

[pro_ad_display_adzone id=”46664″]

O Senhor Presidente da República foi triunfalmente reeleito com mais de 60% dos votos expressos e 23% do total dos eleitores; cerca de 1 quarto dos Portugueses reelegeram o nosso Presidente, mas infelizmente uma maioria não votou.

Seja qual tenha sido a nossa opção eleitoral, todos devem aceitar este resultado e trabalhar em conjunto com o Senhor Presidente pelo bem de Portugal.

Marcelo fez uma campanha sóbria, com poucos recursos e privilegiou o contacto direto com os eleitores. Fez poucas promessas, para alem da renovação na continuidade do seu primeiro mandato. Mas uma das promessas da campanha que fez, e como diz o nosso povo, não caiu em saco roto; foi o voto eletrónico e o aumento da representatividade política dos Portugueses a residir no exterior. Como neto de emigrantes, temos a certeza que ele irá cumprir essa promessa.

O Senhor Presidente terá cinco anos para concretizar esta promessa e não ser apanhado desprevenido como foi o caso nestas eleições.

O concretizar dessa mesma promessa, evitará que daqui a cinco anos, tenhamos uma repetição dos resultados da abstenção por parte dos nossos compatriotas residentes no estrangeiro.

No estrangeiro só 1,87% (27.615) dos 1.476.796 eleitores inscritos votaram. Não esquecendo que muitos Portugueses a residir no exterior não estão sequer inscritos por muitas e variadas razões.

Nas eleições passadas votaram 13.542 pessoas, desta vez votaram o dobro de eleitores. Imaginem qual seria a taxa de participação se em Portugal só existissem 5 mesas de voto, e os eleitores dos Açores e da Madeira tivessem que ir votar a Lisboa como é caso dos nossos compatriotas das Caraíbas que tem que vir votar a Paris?

É verdade que a Candidata Ana Gomes e o André Ventura tiveram melhores resultados na emigração do que em Portugal, 18,72% e 12,79% respetivamente, mas o Senhor Presidente da República foi reeleito com uma maioria absoluta, tanto em Portugal como no estrangeiro. Ou seja, para quem souber ler números – alguns analistas políticos da nossa praça não sabem ou não querem saber – André Ventura na emigração obteve o terceiro lugar tal como em território nacional, com um resultado ligeiramente acima do resultado global (11,90% vs. 12,79%), nem sequer um ponto percentual a mais. Por outro lado, Ana Gomes obteve o segundo lugar, muito, mas muito acima do resultado nacional (12,97% vs. 18,72%), cerca de 6% a mais, e no Alentejo ficou em quarto lugar. De realçar também que, salvo erro meu; o único “distrito eleitoral” em que a Senhora Eurodeputada e Embaixadora ganhou, foi Timor.

Ao contrário do que diz o Senhor Miguel Sousa Tavares, os emigrantes não votaram muito mais no André Ventura (do que os alentejanos por exemplo) do que os Portugueses residentes em território nacional, aliás 98% dos registados até nem votaram.

O André Ventura obteve o segundo lugar em Beja com 16,19% dos votos e em Évora com 16,76% dos votos. Devemos proibir os alentejanos de votar? Devemos pôr só uma mesa de voto no Alentejo, em Beja para eles terem as mesmas condições de voto que a imensa maioria dos Portugueses que vivem no exterior? E se sim porque agora e não quando alguns votavam num partido Estalinista financiado pela União Soviética?

O Senhor Presidente da República é a favor do voto eletrónico, o segundo candidato Senhora Embaixadora Ana Gomes também. O Dr. André Ventura não sei qual é a sua posição sobre o assunto, nem quero saber, sei qual é a da sua amiga Marine, e para mim isso chega, basta!

Dois terços dos eleitores votaram em candidatos que defendem o voto eletrónico, é o momento de agir. Temos 2 anos para fazer as reformas necessárias para ter já nas próximas legislativas o voto eletrónico em complemento com o voto presencial.

Esta é a hora, este o momento.

 

Victor Alves Gomes

Conselheiro Nacional do PSD para a Emigração Europa

 

[pro_ad_display_adzone id=”41082″]

LusoJornal