LusoJornal / António Marrucho

Os 10 nomes de família mais utilizados em Portugal

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Os 10 nomes de família mais utilizados em Portugal representam quase 50% da população de Portugal. O seu fará parte?

 

Saber de onde vimos, saber de quem vimos, saber de onde vem o nosso nome, são perguntas que nos colocamos mais ou menos frequentemente, por vezes em função de determinados acontecimentos, em função de perguntas que nos são colocadas por descendentes, em função da vontade ou obrigação de transmitir.

Para respondermos, para nos informarmos, a internet, a transmissão de documentação pelos nossos ascendentes, ajudam a fazer pesquisa, a avançar no conhecimento sobre os outros, mas também e sobretudo sobre nós.

Pesquisas conduzem à resolução de problemas, a belas descobertas.

O propósito do nosso artigo será “generalista”, abordando os nomes portugueses mais frequentemente utilizados.

Quem não tem ouvido dizer aos amigos franceses: “eu conheço um Silva, um Sousa…”. Mas que Silva, que Sousa? Os Silvas e Sousas são nomes de família frequentes nos Portugueses. Em França também existe o mesmo fenómeno com o caso dos Martin, Dupont(d), Leroy…

Dados publicados pela Sociedade Portuguesa de Informação Económica referentes a 14 de outubro de 2013, têm os 97 nomes de família mais utilizados em Portugal e a sua percentagem na população total. De realçar que quando somadas todas as porcentagens desses 97 nomes encontramos a percentagem de 115%. A explicação desta vem do facto de que muitos portugueses têm mais do que um nome de família.

Temos, por exemplo, em Portugal, 0,5626% pessoas com os dois nomes de família presentes: Silva e Santos.

Dos 97 nomes de família eis os 10 mais frequentes, por ordem, frequência por milhares e percentagem entre a população total de Portugal:

1°: Silva – 999 (9,44%)

2°: Santos – 628 (5,96%)

3°: Ferreira – 553 (5,25%)

4°: Pereira – 514 (4,88%)

5°: Oliveira – 391 (3,71%)

6°: Costa – 387 (3,68%)

7°: Rodrigues – 376 (3,57%)

8°: Martins – 340 (3,23%)

9°: Sousa – 311 (2,95%)

10°: Fernandes – 297 (2,82%)

 

Cada dois leitores de origem portuguesa que nos lêem, têm um destes 10 nomes de família.

Outras perguntas nos colocamos: qual a origem destes 10 nomes de família, a frequência a nível mundial e a nível da França.

Os 97 primeiros nomes utilizados em Portugal totalizam 8.855.000 pessoas, ou seja 87,5% da população portuguesa total.

 

Aqui fica um conjunto de informações por ordem de frequência dos 10 nomes de família mais utilizados em Portugal. Procure o nome que mais lhe interessa:

 

Silva

Silva é um sobrenome português que se originou a partir do latim silva, que significa “floresta”, “mata” ou “selva”.

O sobrenome Silva, além de estar fortemente presente nas famílias de origem portuguesa, também é usado em Espanha e na Itália, mas com menor expressão.

As primeiras pessoas a utilizarem este nome teriam vivido próximo da Torre e Honra de Silva, junto a Calença, atual cidade portuguesa de Valença. Teriam vivido por volta do século X, antes mesmo da criação da nação portuguesa.

A nível mundial, segundo os dados do site Forebears (1), em 2014 havia 5.875328 pessoas que possuíam este só nome de família, sendo a nível mundial o 100° nome mais utilizado. Desse total, 4.080.029 de pessoas tinham nacionalidade brasileira (é o 7° nome mais utilizado no Brasil), 283.326 em Portugal e 9.219 em França (está na posição 622 nos nomes mais utilizados em França), país ocupando a posição 21° a nível da frequência deste nome no mundo.

Ainda segundo o site politologue.com (2) nasceram em França, entre 1891 e 2000, um total de 4.240 pessoas com o nome da Silva, nascimentos que se distribuíram por 39 departamentos. Sendo os 5 departamentos com mais nascimentos entre 1891 e 2000: Paris com 465, Seine Saint Denis com 280, Hauts de Seine com 238, Val de Marne com 237 e Gironde com 102.

576 pessoas teriam nascido entre 1961 e 1970, 1.315 entre 1971 e 1980, 892 entre 1981 e 1.990 e 939 entre 1991 e 2000.

O site genealógico Filae (3) regista actualmente nos seus dados 463 pessoas com este nome na cidade de Paris, 170 na Seine Saint Denis, 161 no Hauts de Seine e 135 nos Yvelines.

 

Santos

O sobrenome Santos surgiu-se a partir do latim Sanctorum, que significa literalmente “dos santos”, em português.

Este nome era uma abreviatura de “Todos os Santos”, e começou por ser atribuído às pessoas nascidas no dia 1º de novembro, data comemorada pelo cristianismo como dia de Todos os Santos.

O sobrenome Santos é considerado um dos mais antigos de Portugal, tendo surgido mesmo antes da criação do Reino.

Alguns historiadores acreditam que o nome começou a ser disseminado em terras portuguesas graças aos imigrantes espanhóis que popularizaram a região, vindos da Andaluzia, mais precisamente da região da Sierra de Los Santos.

A nível mundial, segundo os dados do site Forebears, em 2014 havia 4.388.558 de pessoas que possuíam este só nome de família, sendo a nível mundial o 131° nome mais utilizado. Desse total, 2.902.750 tinham nacionalidade brasileira (11° nome mais utilizado no Brasil), 222.145 em Portugal e 5.271 em França ( posição 1.254° nos nomes mais utilizados em França), ocupando a França a posição 23° a nível da frequência deste nome no mundo.

Ainda segundo o site politologue.com, nasceram em França entre 1891 e 2000, um total de 4.796 pessoas com o nome Santos, nascimentos que se distribuíram por 45 departamentos.

715 pessoas teriam nascido entre 1961 e 1970, 1.458 entre 1971 e 1980, 1.013 entre 1981 e 1990 e 985 entre 1991 e 2000.

Sendo os 5 departamentos com mais nascimentos entre 1891 e 2000: Paris com 358, Seine Saint Denis 357, Moselle 90, Pyrénée Atlantiques 78 e Haut Rhône com 65.

O site genealógico Filae regista actualmente nos seus dados 418 pessoas com este nome na cidade de Paris, 233 no Val de Marne, 198 Seine Saint Denis, 182 Yvelines e 147 nos Hauts de Seine.

 

Ferreira

Ferreira significa “que vem da terra rica em ferro”, “ferreiro”, “o que trabalha com ferro”.

Este nome teria surgido por volta do século XI na região da Península Ibérica. Teoricamente, as primeiras famílias com este nome seriam provenientes de Ferrera, em Castela (atualmente conhecida por Herrera de Rupisverga, na Espanha).

O fundador da família Ferreira em Portugal teria sido D. Fernando Álvares Ferreira, senhor do Paço de Ferreira, na freguesia de São João de Eiriz, na comarca de Aguiar de Sousa.

A nível mundial, segundo os dados do site Forebears, em 2014 havia 5.705.636 pessoas que possuíam este só nome de família, sendo a nível mundial o 103° nome mais utilizado. Desse total, 4.848.931 tinham nacionalidade brasileira (é o 5° nome mais utilizado no Brasil), 191.083 em Portugal e 39.155 em França (é um dos 100 nomes mais utilizados em França), país ocupando a 6° posição a nível da frequência deste nome no mundo.

Ainda segundo o site politologue.com, nasceram em França, entre 1891 e 2000, um total de 20.019 pessoas com o nome Ferreira, nascimentos que se distribuíram por 83 departamentos. 2.394 pessoas teriam nascido entre 1961 e 1970, 6.633 entre 1971 e 1980, 4.696 entre 1981 e 1990 e 4.865 entre 1991 e 2000. Sendo os 5 departamentos com mais nascimentos entre 1891 e 2000: Val de Marne com 1.571, Seine Saint Denis com 1.161, Paris com 1.155, Yvelines com 1.050 e Norte com 563 nascimentos.

O site genealógico Filae regista atualmente 1.150 pessoas na cidade de Paris, 1.052 no Val de Marne, 948 nos Yvelines, 740 na Seine Saint Denis e 550 no Hauts de Seine.

 

Pereira

Pereira significa “árvore que produz peras”.

A origem do nome Pereira é toponímica e isso significa que está ligado a um local ou uma terra. Neste caso, Pereira era o nome de uma Quinta ou propriedade na zona de Esmeriz, em Vila Nova de Famalicão, no norte de Portugal. D. Rui Gonçalves Pereira viveu no século XII e foi a primeira pessoa a usar esse sobrenome.

Segundo os dados do site Forebears, em 2014 havia a nível mundial 6.667.041 pessoas que possuíam este só nome de família, sendo a nível mundial o 90° nome mais utilizado. Desse total, 5.594.058 tinham a nacionalidade brasileira (é o 3° nome mais utilizado no Brasil), 173.391 em Portugal e 53.075 em França (56° na classificação dos nomes mais utilizados em França), país ocupando a posição 6° a nível da frequência deste nome no mundo.

Ainda segundo o site politologue.com, nasceram em França, entre 1891 e 2000, um total de 21.402 pessoas com o nome Pereira, nascimentos que se distribuíram por 86 departamentos. 2.622 pessoas teriam nascido entre 1961 e 1970, 7.140 entre 1971 e 1980, 5.107 entre 1981 e 1990 e 4.981 entre 1991 e 2000. Sendo os 5 departamentos com mais nascimentos entre 1891 e 2000: Val de Marne com 1.535, Paris com 1.318, Seine Saint Denis com 1.124, Hauts de Seine com 965, Rhône com 691 e Norte com 558 nascimentos.

O site genealógico Filae regista atualmente nos seus dados 1.301 na cidade de Paris, 1.061 no Val de Marne, 1.031 nos Yvelines, 734 na Seine Saint Denis e 703 no Hauts de Seine.

 

Oliveira

Oliveira significa “árvore que produz a oliva”, “cultivadores de oliveira”, “local cheio de oliveiras”. A simbologia da oliveira denota paz, fecundidade, glória e vitória.

Sua origem remete tanto para caraterísticas toponímicas – sugerindo que o local onde o primeiro membro da família recebeu esse nome era circundado por árvores de oliva -, como para o ofício respeitante ao cultivo das mesmas árvores. Os proprietários de grandes porções de terra onde as plantas eram cultivadas, bem como os que nela trabalhavam, eram chamados “oliveiras” (ocupação importante tendo em conta a importância do azeite de azeitona).

Outra possibilidade de origem seria judaica. Assim, numa tentativa de disfarçar os seus nomes, ao chegar a Portugal, os Marranos (Judeus forçados a se converterem ao catolicismo) teriam adotado esse nome para que não fossem perseguidos.

Pedro de Oliveira, fidalgo português, teria sido a primeira pessoa a adotar esse sobrenome.

Segundo os dados do site Forebears, em 2014 havia a nível mundial 2.728.803 pessoas que possuíam este só nome de família, sendo a nível mundial o 196° nome mais utilizado. Desse total, 2.302.086 pessoas tinham a nacionalidade brasileira (é o 12° nome mais utilizado no Brasil), 145.961 em Portugal e 10.336 em França (é o 534° nome mais utilizado em França), ocupando a posição 7° a nível da frequência deste nome no mundo.

Ainda segundo o site politologue.com, nasceram em França, entre 1891 e 2000, um total de 4.832 pessoas com o nome Oliveira, nascimentos que se distribuíram por 42 departamentos. 606 pessoas teriam nascido entre 1961 e 1970, 1.606 entre 1971 e 1980, 1.143 entre 1981 e 1990 e 1.181 entre 1991 e 2000. Sendo os 5 departamentos com mais nascimentos entre 1891 e 2000: Val de Marne (405), Paris (324), Seine Saint Denis (242), Norte (241) e Hauts de Seine (164).

O site genealógico Filae regista atualmente nos seus dados 298 Oliveiras na cidade de Paris, 253 no Val de Marne, 251 nos Yvelines, 177 no Norte e 153 na Seine Saint Denis.

 

Costa

Costa significa “que vive na costa”, “que vive junto à encosta”, “que é natural do litoral”.

Costa é um sobrenome toponímico presente especialmente em países como Brasil, Portugal, Espanha e Itália. Terá sido usado para nomear uma nobre família medieval portuguesa que habitava uma zona costeira, uma encosta ou litoral, embora não seja possível afirmar se o primeiro a recebê-lo tenha sido Gonçalo da Costa, no século XII, ou Nicolau Kosta, no século XIII.

Há ainda quem defenda outra hipótese de étimo para o nome Costa cuja origem seria o nome grego Kosta, por sua vez, diminutivo do búlgaro Konstantin (o mesmo que Constantino, em português), que significa “que pertence à natureza de alguém constante, perseverante ou animado”.

Segundo os dados do site Forebears, em 2014 havia a nível mundial 1.881.518 pessoas que possuíam este só nome de família, sendo a nível mundial o 288° nome mais utilizado. Desse total, 1.395.888 tinham a nacionalidade brasileira (é o 24° nome mais utilizado no Brasil), 154.689 em Portugal e 16.976 em França (é o 298° nome mais utilizado em França), país ocupando a posição 9° a nível da frequência deste nome no mundo.

Ainda segundo o site politologue.com, nasceram entre 1891 e 2000, um total de 11.864 pessoas em França com o nome Costa, em 71 departamentos. 1.831 pessoas teriam nascido entre 1961 e 1970, 2.249 entre 1971 e 1980, 1.839 entre 1981 e 1990 e 1.745 entre 1991 e 2000.

Os 5 departamentos com mais nascimentos entre 1891 e 2000 com o nome Costa dão Bouches du Rhône (846), Haut de Corse (806), Paris (776), Pyrénées Orientales (487) e Var (442).

O site genealógico Filae regista atualmente nos seus dados 871 Costas na cidade de Paris, 763 no Haut de Corse, 759 nos Bouches du Rhône, 430 nos Pyrénées Orientales e 377 no Var.

 

Rodrigues

Rodrigues significa “filho de Rodrigo”.

Por volta do século XIV e XV começam a surgir as primeiras famílias com este sobrenome, que tinham como patriarca alguém com o nome de Rodrigo. A terminação “es” era comumente utilizada para dar a ideia de descendência, ou seja, Rodrigues seria o “filho de Rodrigo”.

Em Portugal, existem três principais ramificações da família Rodrigues, que pertenciam à nobreza da época. A família de Martim Rodrigues, André Rodrigues da Áustria (que teria vivido nesse país por alguns anos), e de António Rodrigues.

Rodrigues tem uma versão espanhola, também bastante comum: Rodríguez.

Segundo os dados do site Forebears, em 2014 havia a nível mundial 4.469.009 pessoas que possuíam este só nome de família, sendo a nível mundial o 129° nome mais utilizado. Desse total, 4.197.229 Rodrigues tinham a nacionalidade brasileira (é o 6° nome mais utilizado no Brasil), 138.045 em Portugal e 27.731 em França (é o 159 nome mais utilizado em França), país ocupando a posição 4° a nível da frequência deste nome no mundo.

Ainda segundo o site politologue.com, nasceram entre 1891 e 2000 um total de 17.767 pessoas em França como nome Rodrigues, nascimentos que se distribuíram por 82 departamentos. 2.211 pessoas teriam nascido entre 1961 e 1970, 5.784 entre 1971 e 1980, 4.184 entre 1981 e 1990 e 4.160 entre 1991 e 2000. Os departamentos com mais nascimentos entre 1891 e 2000 são: Val de Marne (1.318), Paris (1.280), Seine Saint Denis (1.030), Hauts de Seine (905) e Yvelines (894).

O site genealógico Filae regista atualmente nos seus dados 1.202 Rodrigues na cidade de Paris, 886 no Val de Marne, 777, nos Yvelines, 649 no Hauts de Seine e 648 na Seine Saint Denis.

 

Martins

Martins significa “guerreiro” ou “dedicado ao Deus Marte”. É o diminutivo de Marte, assim como Martinho, que foi encontrado em Portugal no início do século XII, primeiramente como Martino e Martinos.

De entre os personagens históricos com este nome está Martim Afonso, o criador da primeira vila no Brasil, batizando-a de Vila de São Vicente, em 22 de janeiro de 1532.

Outra importante personagem histórica foi Matinho Lutero (Martin Luther, em alemão). Lutero ficou conhecido por iniciar a Reforma Protestante, que ia de encontro a muitos dogmas da Igreja Católica em sua época.

Durante muito tempo o nome Matins era relacionado com a realeza ou o poder, por ter uma história intrínseca com personalidades históricas bastante importantes.

Segundo os dados do site Forebears, em 2014 havia a nível mundial 2.309.980 pessoas que possuíam este só nome de família, sendo a nível mundial o 225° nome mais utilizado. Desse total, 1.739.143 tinham a nacionalidade brasileira (é o 16° nome mais utilizado no Brasil), 138.290 em Portugal e 26.808 em França (é o 165° nome mais utilizado em França), país ocupando a posição 7° a nível da frequência deste nome no mundo.

Ainda segundo o site politologue.com, nasceram entre 1891 e 2000 em França um total de 14.172 pessoas com o nome Martins, nascimentos que se distribuíram por 75 departamentos. 1.847 pessoas teriam nascido entre 1961 e 1970, 4.707 entre 1971 e 1980, 3.395 entre 1981 e 1990 e 3.287 entre 1991 e 2000. Os 5 departamentos com mais nascimentos entre 1891 e 2000 são Paris (974), Seine Saint Denis (880), Val de Marne (749), Hauts de Seine (740) e Yvelines (730).

O site genealógico Filae regista atualmente nos seus dados 957 Martins na cidade de Paris, 667 nos Yvelines, 554 no Hauts de Seine, 548 na Seine Saint Denis e 507 no Val de Marne.

 

Fernandes

Fernandes significa “filho de Fernando”, “filho do homem ousado para atingir a paz” ou “filho do homem que ousa viajar”. É um nome patronímico que tem origem no espanhol Fernandez (‘ez’ é a partícula que traz essa conotação na língua espanhola), de modo que, assim, Fernandes significa “filho de Fernando”.

Algumas fontes onomásticas referem que Fernando também poderia ter origem a partir de outro nome germânico – Fridenand – cujo significado “viajante corajoso” é o resultado da junção dos elementos fardi, que significa “viajante” e nand, que significa “o que ousa viajar”.

Diogo Fernandes é um dos primeiros ancestrais da Península Ibérica, de que se tem notícia, a receber esse nome por volta dos anos oitocentos. O seu pai chamava-se Fernando e exerceu um papel importante em terras lusitanas.

Segundo os dados do site Forebears, em 2014 havia a nível mundial 2.254.074 pessoas que possuíam este só nome de família, sendo a nível mundial o 236° nome mais utilizado. Desse total, 1.431.583 tinham a nacionalidade brasileira (é o 23° nome mais utilizado no Brasil), 119.777 em Portugal e 42.249 em França (é o 87° nome mais utilizado em França), país ocupando a posição 7° a nível da frequência deste nome no mundo.

Ainda segundo o site politologue.com nasceram em França entre 1891 e 2000 um total de 17.316 pessoas com o nome Fernandes, nascimentos que se distribuíram por 79 departamentos. 1.847 pessoas teriam nascido entre 1961 e 1970, 4.707 entre 1971 e 1980, 3.395 entre 1981 e 1990 e 3.287 entre 1991 e 2000.

Os 5 departamentos com mais nascimentos entre 1891 e 2000 são Paris (1.260), Val de Marne (964), Hauts de Seine (922), Seine St Denis (887) e Yvelines (841).

O site genealógico Filae regista atualmente nos seus dados 1.148 Fernandes na cidade de Paris, 788 nos Yvelines, 675 no Hauts de Seine, 652 no Val de Marne e 550 na Seine Saint Denis.

 

Sousa

Sousa significa “seixo”, “pedra”, “pombo bravo” ou “aquele que pertence ao rio Sousa”. Tem origem no latim saza ou saxa, e que significa “seixo” ou “pedra”. Souza ainda pode estar relacionado com Seixa, uma espécie de pombo selvagem e agressivo, típico da região Ibérica, e que no século XI era chamado de Sausa, em Portugal.

A primeira pessoa a assumir este sobrenome foi a ilustre figura de D. Egas Gomes de Souza, proprietário das terras em que passava o rio Sousa, localizado na região do Minho, em Portugal.

Egas Gomes de Souza pertencia a uma das mais nobres e importantes famílias de Portugal, descendente de reis visigodos durante os primeiros anos do século VIII, a família Souza adotou o nome do rio (rio Sousa) que passava sobre a sua propriedade – Terras de Sousa- e criaram uma linhagem nobre para o sobrenome.

Segundo os dados do site Forebears, em 2014 havia a nível mundial 936.727 pessoas que possuíam este só nome de família, sendo a nível mundial o 581° nome mais utilizado. Desse total, 739.713 tinham a nacionalidade brasileira (é o 44° nome mais utilizado no Brasil),130.534 em Portugal e 3.416 em França (é o 2.241° nome mais utilizado em França), país ocupando a 7° posição a nível da frequência deste nome no mundo.

Ainda segundo o site politologue.com, nasceram em França entre 1891 e 2000 um total de 1.622 pessoas com o nome Sousa, nascimentos que se distribuíram por 16 departamentos. 188 pessoas teriam nascido entre 1961 e 1970, 626 entre 1971 e 1980, 379 entre 1981 e 1990 e 392 entre 1991 e 2000. Os 5 departamentos com mais nascimentos entre 1891 e 2000 foram Paris (132), Val de Marne (131), Yvelines (100), Hauts de Seine (94) e Seine St Denis (92).

O site genealógico Filae regista actualmente nos seus dados 111 Sousas na cidade de Paris, 92 no Val de Marne, 89 nos Yvelines, 71 no Hauts de Seine e 61 na Seine St. Denis

 

Ouf! Aqui ficaram, para os amantes de estatísticas, muitos números que permitem a 50% dos Portugueses ou de origem portuguesa, de se situar. Muito mais estatísticas poderiam ser acrescentadas e muito mais nomes a estudar. O nome que seguiria na lista dos 97 nomes de família mais utilizados em Portugal seria Gonçalves (2,76%) e o último dos 97 seria Torres (0,24%).

Como muitos de vós, também nós, e segundo uma certa transmissão oral, pensávamos que os Judeus convertidos mudaram de nome e passaram a utilizar nomes relacionados com a natureza, árvores e animais.

Para escrevermos o presente artigo, consultamos vários escritos e nenhum confirma tais dizeres, bem pelo contrário. Muitos Judeus convertidos mudaram efetivamente de nome, mas adotaram variados nomes comuns de Portugal e do Brasil: Lopes, Costa, Cardoso, Silva, Fonseca, Camargo, Dias, etc. Nessa lista haviam nomes de árvores e animais, não aconteceu contudo uma espécie de “sobrenome-código” como o conto popular diz.

O uso desses nomes de família é algo anterior à Inquisição e comum em diversos países. Por exemplo, Eichmann (Carvalho) é alemão, Nootenboom (Nogueira) é holandês, Wolf (Lobo) é inglês. O nome Lineu, por exemplo, tem seu sobrenome graças a uma tília que havia na fazenda de sua família. A história da origem judaica dos sobrenomes com nome de plantas parece mais ser uma simples legenda.

 

(1) https://forebears.io

(2) https://www.politologue.com/nom-de-famille/

(3) https://www.filae.com/v4/genealogie/HomePage.mvc/HomePageConnected

 

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