Home Comunidade Palestra sobre Portugal no mundo e a Política externa portuguesa na Universidade de Lyon 2Lusojornal·20 Novembro, 2018Comunidade O Cônsul-Geral de Portugal em Lyon, Luís Brito Câmara, visitou ontem a Universidade de Lyon 2, em Bron, onde encontrou as equipas pedagógicas do Departamento de português e o Diretor, Professor João Pereira, que tem 350 alunos, e onde proferiu uma palestra sobre Portugal no mundo e a Política externa portuguesa. Para além de ter salientado a importância da língua portuguesa e a sua riqueza no mundo, falada por mais de 273 milhões de pessoas em 9 países, sublinhou que a dimensão de Portugal e da Nação portuguesa “têm tido sempre vocação universal, contribuindo para ligar os povos e a Humanidade nos mais diversos planos com a sua cultura, História e princípios”. Luís Brito Câmara referiu que Portugal “orgulha-se de ter uma diplomacia muito ativa e participativa no mundo, sendo que a diplomacia portuguesa pode ser vista como ‘hexagonal’ (figura de 6 lados) em termos das suas prioridades, dimensões e interesses assumidos: na construção europeia, no eixo transatlântico, na CPLP, nas Comunidades portuguesas no mundo, no Multilateralismo e na Internacionalização”. A diplomacia portuguesa tem neste caso “uma atuação dinâmica na Europa e nos desafios europeus, contribuindo para promover decisões por consenso, designadamente na União Europeia de que somos um país membro desde 1986, mas igualmente noutros Organizações internacionais como a OSCE”. Para o Cônsul Geral de Portugal em Lyon, “o eixo transatlântico constitui um pilar fundamental da nossa diplomacia, sendo política, militar, cultural e historicamente uma constante as excelentes relações com os Estados Unidos, com o Canadá e todos os países do Atlântico norte e sul, tanto no continente sul americano como a África. A nossa defesa comum assegurada na NATO advém precisamente do eixo transatlântico e das excelentes relações que Portugal mantém com os Estados Unidos, tendo Portugal sido um dos países fundadores da OTAN/NATO em 1949”. O mundo lusófono da CPLP constitui igualmente, segundo Luís Brito Câmara, um “pilar crucial” da diplomacia portuguesa. E explicou que “sendo a valorização da língua portuguesa, da cultura lusófona e da nossa História comum, elementos fundamentais para assegurar a coesão e o futuro da relação de Portugal com os países de língua portuguesa: Brasil, Angola, Moçambique, S. Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné Bissau, Timor Leste, Guiné Equatorial. A área do globo terrestre ocupada pelos nove Estados-membros da CPLP é muito vasta. São 10.742.000 km2 de terras, 7,2 por cento do planeta (148.939.063 km2), espalhadas por quatro Continentes: Europa, América, África e Ásia. O Cônsul-Geral relevou igualmente a “valorização crucial” da diplomacia portuguesa em relação às Comunidades portuguesas no mundo, nomeadamente em França, Reino Unido, Alemanha, Suíça, Luxemburgo, Venezuela, África do Sul, EUA, Canadá, por exemplo, que somam quase 6 milhões de cidadãos portugueses (para além dos 10 milhões de cidadãos portugueses que residem em Portugal continental e ilhas Açores e Madeira). “A presença e conhecimento de Portugal no mundo passa naturalmente pelas nossas Comunidades, que asseguram a importância de Portugal no mundo, reforçando a cultura portuguesa, as nossas tradições, a nossa língua, a nossa História e identidade nacional no mundo. E que contribuem com o seu trabalho e inovação para melhorar e construir o mundo”. O diplomata em posto em Lyon referiu que Portugal tem atuado sempre no mundo “valorizando o multilateralismo e a capacidade das organizações internacionais de conseguirem reunir consensos e resolver os diversos desafios que se colocam à Humanidade” e citou como exemplos as alterações climáticas, migrações, conflitos, terrorismo, crime organizado, tráfico seres humanos, tráfico de estupefacientes, etc. “Neste contexto, Portugal é um país extraordinário na sua coerência e que se pode orgulhar de estar no centro do multilateralismo, como indica o facto do Secretário-Geral da ONU atual ser um cidadão português (António Guterres) ou o Secretário Geral da Organização Internacional das Migrações ser igualmente um cidadão português (António Vitorino). De relembrar igualmente que o Presidente da Comissão Europeia de 2004 a 2014 foi igualmente um cidadão português (Durão Barroso)”. O Cônsul Geral terminou a sua palestra sublinhando que a diplomacia portuguesa e Portugal valorizam a internacionalização, “seja da nossa economia, da nossa cultura, da nossa língua, mas também promovendo a cooperação”. E destacou igualmente o apoio da diplomacia aos processos de internacionalização de Portugal, seja da ciência, da tecnologia (Web Summit, por exemplo) e de Portugal como um país em que vale a pena investir, visitar e viver. Neste contexto, o Cônsul Geral de Portugal referiu os programas de apoio ao investimento da Diáspora, cuja 3ª reunião terá lugar em Penafiel, em dezembro este ano. [pro_ad_display_adzone id=”17510″]