Home Cultura Pintura de José Loureiro “seduz” colecionadores, imprensa e conservadores de arte em ParisCatarina Falcão·29 Abril, 2022Cultura [pro_ad_display_adzone id=”37509″] O galerista franco-português Philippe Mendes, de Paris, organiza na sua galeria a exposição “A abstração do detalhe”, até 14 de maio, com obras do pintor português José Loureiro, afirmando que a arte contemporânea portuguesa “seduz” o mercado francês. “O mercado francês respondeu bem, já vendemos 14 quadros em cerca de 30. Não costuma acontecer desta maneira. A primeira surpresa dos colecionadores foi de ver pintura contemporânea na minha galeria e a segunda foi minha, ao ver que vendemos tantos quadros. Sabia que as obras iam seduzir, mas assim não fazia ideia”, disse Philippe Mendes, proprietário da Galeria Mendes em Paris, em declarações à Lusa. Esta exposição mostra obras do pintor desde 2005, até às suas séries mais recentes como “Ácaros” ou “Sinapses”, numa galeria que normalmente alberga obras dos séculos XVII e XVIII, uma surpresa para os colecionadores que normalmente vêm até à rua de Penthièvre, no 8º bairro, para conhecer as apostas de Philippe Mendes. “Estava com receio de como esta exposição seria interpretada, já que eu tenho uma galeria de pintura antiga, e questionava-me como seria recebida. Todos adoraram, acharam as obras de facto inesperadas e gostaram imenso”, disse o galerista. Nascido em 1961, José Loureiro vive e trabalha em Lisboa, expôs em instituições como a Fundação Calouste Gulbenkian e o Museu do Chiado, na capital portuguesa, o Museu de Serralves, no Porto, e esteve representado na exposição consagrada à coleção Florence e Daniel Guerlain, no Centro Pompidou, entre outubro de 2013 e abril de 2014. O artista português seduziu também jornalistas e conservadores franceses com a inauguração da exposição, no início de abril, e por ter contado com a presença da direção de arte contemporânea do Centro Pompidou. Philippe Mendes considera que este é o reconhecimento natural de um período “muito forte” da arte portuguesa. “A cena contemporânea portuguesa tem uma especificidade. Eu acho que há dois períodos na história da arte portuguesa que são muito importantes e muito fortes e que se podem individualizar em relação a outros países. É o período do início do século XVI, com os primitivos portugueses, e é o período atual. São os dois momentos onde a força criativa é tão importante e específica que fazem dessa arte, uma escola”, considerou. Para este galerista, que é também colecionador de arte contemporânea, há “uma atividade e criatividade incrível” nos artistas portugueses, atualmente, um momento importante para se abrir aos mercados. “Esta exposição valoriza e internacionaliza o trabalho de José Loureiro, abre ao mercado estrangeiro José Loureiro e fica no pensamento dos colecionadores franceses de arte contemporânea, dos jornalistas franceses e dos conservadores franceses”, concluiu. [pro_ad_display_adzone id=”46664″]