Home Comunidade Portugal de Norte a Sul, pela EN2 de bicicleta – Etapa 3: Sertã – Montemor-o-Novo 183 kmMarc Jacinto·3 Maio, 2018Comunidade Saímos de Sertã por volta das 8h20 com os avisos da D. Helena e do Sr. Carlos, donos da Pousada Vila Maior, que até chegar a Vila de Rei, após descermos até ao rio Isna, esperava-nos uma subida de 9 km. Depois dos dois primeiros dias que passamos, 9 km a subir seria uma mera formalidade que nos permitiria aquecer. Não só aquecemos, como suámos. A dita subida era bem mais difícil do que pensávamos. Chegados ao topo, tínhamos consumido as energias todas do nosso pequeno almoço. De Vila de Rei até Abrantes, onde tínhamos um café prometido pelo Filipe, um antigo colega paraquedista do Carlos, o caminho foi relativamente tranquilo, com uma sucessão de pequenas subidas e descidas. O Carlos e o seu colega não se viam há perto de 20 anos, motivo suficiente para fazer uma pequena pausa no percurso para meterem conversa em dia. O Filipe levou-nos ainda a conhecer a loja onde são montadas as bicicletas da marca portuguesa Jorbi, situada na zona industrial de Abrantes. Depois desta pausa, apontámos novamente as nossas bicicletas em direção a Faro. As longas estradas planas que tanto desejávamos, finalmente apareceram. Rolámos até Ponte de Sor com uma média de 30 km/h, algo que até agora só era possível nas descidas. Em Ponte de Sor, almoçámos no snack-bar Pelicano, conhecido pelas suas fartas bifanas, antes de seguir caminho. De Ponte de Sor até Mora, as planícies do Alentejo permitiram-nos fazer subir a nossa velocidade média, algo motivador que nos fez esquecer a dureza dos primeiros dias, mas infelizmente, não só de planícies é feito o Nosso Alentejo. De Mora para a frente, uma sucessão de pequenos topos fez quebrar o nosso ritmo e as nossa pernas pareciam ter entrado em greve. O cansaço acumulado destes 3 dias levou a melhor sobre a vontade de continuar e demos por terminada a etapa de hoje em Montemor-o-Novo por volta das 18h30. Faltam-nos pouco mais de 200 km. Tendo em conta o número de quilómetros que temos feito por dia, amanhã teremos de fazer um esforço extra para concluir a aventura em 4 dias como planeado inicialmente. O pior parte será na Serra do Caldeirão, entre Almodóvar e Ameixial, pedaço que conhecemos bem. Estamos motivados. Dê por onde der, não «morreremos na praia», chegaremos a Faro em 4 dias. [pro_ad_display_adzone id=”9774″]