LusoJornal / Mário Cantarinha

Portugal Expo em Cormeilles-en-Parisis

No passado fim de semana, a Associação franco-portuguesa de Cormeilles-en-Parisis (Afpcep), organizou o Portugal Expo, uma festa em torno da cultura lusa.

O Maire de Cormeilles, Yannick Boëdec, mostrou-se orgulhoso com o trabalho desenvolvido pela associação portuguesa: “É o desenvolvimento normal com a geminação [ndr: Baião]. Temos uma associação, que é anterior à geminação, que é muito dinâmica e que em poucos anos soube encontrar o seu público que não vem apenas de Cormeilles. Ela tem estado presente em toda a Região Parisiense. É a segunda festa que organizam” disse ao LusoJornal. “Antes estiveram numa pequena sala, desta vez estiveram na grande sala. Temos sorte em ter uma associação tão dinâmica, e vamos continuar a apoiá-los ao nível local. Sabem juntar a vontade e a paixão, e as pessoas apaixonadas, são pessoas que sabem desdobrar-se e que fazem tudo a 200%. Uma vez que acabam de trabalhar, eles dedicam-se à associação, é por isso que os apoiamos”, concluiu em declarações ao LusoJornal.

Durante os dois dias houve demonstração de cavaquinho, um encontro de rusgas e concertinas, no sábado e um festival de folclore com vários grupos no domingo.

Duas conferências marcaram também o evento, uma pelo historiador Manuel do Nascimento, que reside na cidade, e outra com Adelaide Cristóvão, Coordenadora do ensino de português em França.

Para além do Cônsul Geral Adjunto de Portugal em Paris, João de Melo Alvim, passaram pelo evento os dois Deputados eleitos pelo círculo eleitoral da Europa, Carlos Gonçalves e Paulo Pisco.

Michaël Martins, Presidente da Afpcep, mostrou-se feliz com o evento e perspetiva um crescimento:

 

Como decorreu esta segunda edição?

Estou feliz como decorreu esta segunda edição. Havia uma exposição, rusgas, ranchos folclóricos, sardinhas assadas para comer… Tudo para passarmos um bom momento. Este ano foram dois dias e eram necessárias mais coisas. As pessoas que trabalham no artesanato preferem estar presentes dois dias do que apenas um, numa festa assim. Esperemos crescer ainda mais para o ano, e sempre com dois dias. Gosto de renovar, de trazer coisas novas, novos ranchos folclóricos por exemplo.

 

A associação também tem uma parte solidária?

Tentamos angariar fundos para uma criança de Franconville. A nossa associação tenta apoiar sempre que pode. Aliás aqueles que vêm à associação não são só de Cormeilles: 91, 95 e 78. A associação não tem que ser apenas desta cidade, tem de ser de toda a Comunidade portuguesa. E volto a dizer, é importante ajudar pessoas da nossa pátria.

 

Para o ano, é para continuar?

Para o ano ainda não sabemos que data vai ser escolhida, mas gostaria que fosse antes do 15 de junho. Tudo já está mais ou menos alinhavado. A minha mulher organiza e é a secretária da associação.

 

Com quantas pessoas conta a associação?

O rancho folclórico a cantar, dançar, e a música, somos 53 pessoas. Mas há sempre mais 20-25 pessoas a ajudar durante as festas.

 

O rancho folclórico participa noutros eventos?

Começámos a sair com o rancho folclórico. A primeira vez foi no mês de fevereiro em Stains. Já atuámos várias vezes, já tivemos inúmeros pedidos, mas não quero aceitar tudo e que as pessoas sintam que é uma obrigação. Elas precisam de ser livres e de vez em quando vamos fazer uma atuação. Tem que ser um prazer para elas estarem em atuação e não uma obrigação. Já temos duas datas em setembro.

 

Que atividades tem a associação?

Neste momento é rancho e as festas. Mas queremos fazer muito mais. Pedimos à Mairie para dar aulas de português e já falámos com o Instituto Camões. Já há aulas de português na escola em Cormeilles, mas é do CP ao CM2. Nós queremos ir além. E também dar aulas aos Franceses que querem aprender português.

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