Praticamente já não há espera para agendamentos no Consulado Geral de Portugal em Paris


No Consulado Geral de Portugal em Paris praticamente desapareceram as listas de espera para marcação de atendimento. A informação foi dada pelo Cônsul-Geral Carlos Oliveira, durante a reunião do Conselho Consultivo da área consular que teve lugar este fim de semana.

Carlos Oliveira atribuiu esta situação ao aumento de novos funcionários, mas também a menor procura do Cartão do Cidadão. Acrescenta que “a tendência é boa, mas ainda é cedo para tirarmos conclusões, temos de esperar mais tempo para ver se a situação se mantém”.

Ainda há pouco meses o tempo de espera para agendar um atendimento era de seis meses o que gerava fortes críticas por parte dos utentes deste que é considerado “o maior Consulado português no mundo”.

Em 2022 foram recrutados 5 novos funcionários para o Consulado de Paris e em 2023 chegaram mais 5. A entrada de 10 novos funcionários, sobretudo gente mais nova e mais apta a trabalhar com informática, deu certamente uma contribuição importante para que a situação se revertesse.

Por outro lado, segundo o Cônsul Geral Adjunto, também houve uma quebra no serviço do Cartão do Cidadão. “Esta é uma quebra geral” garantiu Filipe Ramalho Ortigão. A alteração do prazo de validade do Cartão de Cidadão de 5 para 10 anos, começa agora a dar os primeiros resultados já que, comparativamente ao prazo anterior, os utentes terão de recorrer duas vezes menos aos postos consulares.

“A resolução do problema do enorme tempo de espera era de primordial importância para nós” afirma o Cônsul-Geral Carlos Oliveira. “Temos feito uma gestão rigorosa das equipas entre os serviços, com um acompanhamento real e conseguimos diminuir drasticamente a espera. Agora, raramente ultrapassa um mês”.

“Nestas últimas semanas, temos tido vagas em praticamente todos os serviços para o dia seguinte” garantiu o Cônsul Geral Adjunto, confessando, no entanto, que o serviço de Registo civil e notariado é o que tem “mais pressão”. Os funcionários destes serviços “passaram para 7 e 4 respetivamente e esperamos chegar a uma normalidade nos próximos meses”.

Fora de Paris, o principal problema está em Nantes, onde um dos dois funcionários tem estado de baixa por doença.

Depois de Luanda, o Consulado Geral de Portugal em Paris – que integra permanências nos Consulados honorários de Orléans, Tours e Lille, assim como na Antena consular de Nantes – é o posto com mais atos consulares no mundo.

Durante a Reunião, Filipe Ramalho Ortigão também fez um primeiro balanço da entrada em serviço do Centro de Atendimento Consular (CAC). Este Centro de atendimento está agora centralizado em Portugal e o Cônsul Geral Adjunto garante que “funciona muito bem”.

Todas as chamadas telefónicas para o Consulado são atendidas, em português ou em francês, por uma equipa que está a trabalhar em Alfândega da Fé, que veio resolver um problema efetivo de atendimento telefónico e veio libertar funcionários que estão agora afetos a outras tarefas.

O Consulado português em Paris mantém o calendário de Permanências consulares, mesmo se também aqui se constata “menos pressão”.

Para além do atendimento consular, foram abordados dois outros temas durante a reunião do Conselho consultivo: um inquérito ao movimento associativo e um ponto da situação sobre o ensino de português nesta área consular.

Nas reuniões do Conselho consultivo da área consular participam o Cônsul-Geral e o Cônsul-Geral Adjunto, o Adido Social do posto consular, Miguel Costa, e a Coordenadora de ensino português em França, Isabel Sebastião.

Participaram os membros do Conselho Beatriz Peixoto (empresária e dirigente associativa de Rouen), Carlos Pereira (jornalista e Diretor do LusoJornal), Carlos Vinhas Pereira (Presidente da Câmara de comércio e indústria franco-portuguesa), Cipriano Rodrigues (Presidente da associação portuguesa cultural e social de Pontault-Combault), Fernando Lopes (Diretor da Rádio Alfa), Luciana Gouveia (Diretora executiva da associação Cap Magellan), Manuel Ferreira (Presidente da Federação Cap Ouest de Nantes), Maria João Santiago Ribeiro (médica em Tours), Nuno Aurélio (Reitor do Santuário de Nossa Senhora de Fátima de Paris) e Rita Furtado (Dirigente da associação AGRAFr de graduados portugueses em França).

No início da reunião foi evocada a morte recente de Miguel Góis, também membro deste Conselho consultivo.

LusoJornal