Presidenciais’21: Mandatária para as Comunidades, atriz Maria Vieira desvaloriza insultos de Ventura

[pro_ad_display_adzone id=”46664″]

A atriz Maria Vieira, mandatária presidencial de André Ventura para as Comunidades portuguesas emigrantes, desvalorizou os insultos aos adversários políticos do concorrente a Chefe de Estado e atribuiu-os a um “momento mais efusivo” de boa disposição.

Em entrevista à Lusa, a comediante assegurou que o líder do partido da extrema-direita parlamentar respeita as mulheres. “Eu conheço muito bem o André e se há algo que ele não é, é misógino. Pode ter a certeza absoluta. Não fiquei nada chocada porque sei muito bem que ele é uma pessoa muito respeitadora e tem um carinho muito especial por todas nós”, garantiu.

O BE, cuja candidata a Chefe de Estado é a eurodeputada e dirigente partidária Marisa Matias, divulgou a iniciativa nas redes sociais “#VermelhoemBelém”.

Além de dirigentes, deputados e militantes bloquistas que publicaram vídeos ou fotografias com os lábios pintados de vermelho, entre outras figuras públicas e cidadãos anónimos, também a concorrente Ana Gomes, ex-eurodeputada do PS, gravou um vídeo, no carro, a pintar os lábios, em solidariedade.

“E o que os outros dizem? E o que a Ana Gomes… e, olhe por exemplo, a Marisa Matias, que lhe chamou [a Ventura] vigarista e eu sei lá…”, contra-argumentou Maria Vieira.

Questionada sobre se a melhor resposta a um alegado insulto é um insulto ainda pior, a atriz defendeu que “o André não fez por mal”.

“Pronto, estava bem-disposto, estava divertido. Sobretudo, se me está a perguntar como mulher, pode ter a certeza absoluta, porque eu o conheço. Levem as coisas também um pouco para a brincadeira. Ele não fez com intenção de os ofender e humilhar, ao contrário do que os outros candidatos fazem, que humilham”, continuou.

Maria Vieira, 63 anos, lamentou que os adversários estejam “sempre a dizer” que o Chega é “de extrema-direita”.

“Somos de extrema-necessidade. Não deem tanta importância às palavras. Eu sou a favor da liberdade de expressão”, afirmou.

Segundo a antiga colaboradora do humorista Herman José, outro comediante, Ricardo Araújo Pereira, também “fez tudo e mais alguma coisa com o André”.

“Chamou-lhe carneiro, chamou-lhe sei lá o quê… Por que é que ele [Ventura] não há de ser uma pessoa divertida e bem disposta? A mim não me choca. É natural, estava mais bem-disposto, qual é o problema?”, insurgiu-se.

Pedido o esclarecimento sobre se estava a sugerir que o líder do Chega, na noite em questão, estava de alguma forma alterado por algum excesso, Maria Vieira foi perentória: “não, nem pensar nisso, ele até nem bebe muito (risos)”.

“Foi um discurso mais efusivo. Não vou por aí”, concluiu.

No comício noturno de quarta-feira, em Portalegre, Ventura apelidou o líder comunista Jerónimo de Sousa de “avô bêbado” e o atual Chefe de Estado e recandidato, Marcelo Rebelo de Sousa, de “fantasma” e “esqueleto”

O concorrente comunista João Ferreira foi definido como “operário beto de Cascais” e a bloquista Marisa Matias avaliada como tendo “uma performance muito a baixo” e “com os lábios muito vermelhos”, enquanto Ana Gomes foi etiquetada como “contrabandista” de vacinas.

 

Hugo P. Godinho, Lusa

 

[pro_ad_display_adzone id=”41077″]