Rapper brasileiro Criolo esteve em concerto em Paris

O rapper Criolo esteve em Paris, na quarta-feira da semana passada, dia 18 de setembro, para um concerto na sala do New Morning a partir das 20h00.

O artista brasileiro regressou, assim, à capital francesa com a tournée “Boca de Lobo”, propondo uma retrospetiva musical das suas canções mais conhecidas.

No palco, esteve acompanhado pelo seu fiel companheiro, DJ “Dan Dan Dan” e três produtores multi-instrumentistas: Bruno Marques, Dudinha e Daniel Ganjaman. Além dos seus muitos sucessos, Criolo apresentou algumas canções novas, incluindo a sua mais recente intitulada “Etérea”.

Criolo de seu nome de nascimento Kleber Cavalcante Gomes, nasceu em São Paulo em 1975. É rapper, cantor e compositor. Filho de pais cearenses, a família estabeleceu-se no bairro paulistano do Grajaú, em 1981, onde o artista residiu até adulto. Cresceu a ouvir artistas como Clara Nunes (1943-1983), Martinho da Vila (1938), Nara Leão (1942-1989) e Altemar Dutra (1940-1983). Escreveu o seu primeiro rap em 1989. É influenciado por grupos como os Racionais MC’s, Facção Central e RZO.

Lançou o seu primeiro disco, “Ainda Há Tempo” (2006), com o nome artístico Criolo Doido, inspirado na expressão “samba do criolo doido”. Cinco anos depois, reduziu a alcunha para “Criolo”.

Em 2009, Criolo atuou como protagonista no filme Profissão MC, de Alessandro Buzo (1972) e Toni Nogueira, e também como figurante em Luz nas Trevas – a Volta do Bandido da Luz Vermelha (2010), de Helena Ignez (1942).

O seu segundo disco, “Nó na Orelha”, foi lançado em 2011 com produção de Daniel Ganjaman (1978) e Marcelo Cabral (1978). Disponibilizado gratuitamente na internet, contabilizou 25 mil downloads em três dias.

Em 2013, lançou um DVD em colaboração com conhecido rapper Emicida (1986), “Criolo e Emicida Ao Vivo”. No ano seguinte, lançou o seu terceiro disco “Convoque Seu Buda”. Em 2015, gravou um disco ao lado de Ivete Sangalo (1972) com repertório de Tim Maia (1942-1998), “Viva Tim Maia”. Dois anos depois, relançou “Ainda Há Tempo”, com versões do antigo repertório.

O seu terceiro álbum, “Convoque o Seu Buda” (2014) seguiu o mesmo sucesso do precedente. Em 2016, Criolo relançou o seu primeiro álbum, “Ainda Há Tempo”, desculpando-se com o público por alguns termos preconceituosos que haviam passado na primeira versão do disco. A polêmica frase “os traveco tá aí/alguém vai se iludir” da canção Vasilhame por exemplo, virou “o universo tá aí/alguém vai se iludir”. “Se o demônio usa saia, valorize sua mina” se transformou em “se o demônio dá falha, valorize sua mina”.

Em 2017 lançou o álbum “Espiral de Ilusão”. A maior novidade consiste no facto de que ao contrário de todos os seus trabalhos anteriores, não há rap mas é um álbum de samba, influenciado por Cartola (de quem o músico é fã), realizando assim um dos seus sonhos. Porém, os sambas incluem o lado de ativista político de Criolo pelo qual ele é conhecido, como por exemplo na canção “Cria de Favela”, música que encerra o disco “Espiral de Ilusão”.

 

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LusoJornal