Realizador João Viana faz residência artística e retrospetiva em Paris

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O cinema do realizador português João Viana vai ser exibido numa retrospetiva em fevereiro em Paris, onde o cineasta está atualmente em residência artística a preparar o próximo filme, foi anunciado esta semana.

João Viana está numa residência artística na Cidade Internacional das Artes, em Paris, com uma bolsa de financiamento com verbas francesas e alemãs, a preparar o próximo projeto cinematográfico de ficção, composto por uma longa-metragem e uma curta, tal como aconteceu com projetos anteriores.

A retrospetiva, que começa a 01 de fevereiro, é composta pelas curtas-metragens “A Piscina” (2004), “Alfama” (2009), “Tabatô” (2013) e “Madness” (2018) e pelas longas “A Batalha de Tabatô” (2013) e “Our Madness” (2018).

Os filmes serão apresentados pelo crítico Jean-Michel Frodon, pela Diretora da Escola Superior de Imagem e Som, Sabine Lancelin, e pelo Conselheiro cultural da Embaixada de Portugal em França, João Pinharanda.

Além da mostra, João Viana irá ainda apresentar uma instalação inédita, intitulada “Si Noir Si Bleu”, composta por dois pianos e sete projeções simultâneas, na qual aborda a presença da Covid-19 em África.

À Lusa, João Viana explicou que está desde o início de 2020 numa residência artística em Paris para preparar o novo filme de ficção, que contará com produção de Paulo Branco, intitulado “Kwanza sul” e “Kwanza norte”.

Com a entrada do produtor Paulo Branco, João Viana disse que está a redefinir o projeto cinematográfico, atualmente já em fase de financiamento.

Sobre a instalação inédita a apresentar na Cité Internationale des Arts, o cineasta explicou que foi criada a pensar no facto de os espetadores estarem privados de ver cinema em sala, por causa da Covid-19.

Em contexto de pandemia, com grande parte de França paralisada, João Viana conta ficar pelo menos mais um semestre em Paris, a trabalhar no projeto, e na expectativa de retoma da atividade económica, e em particular cultural, no país.

João Viana, filho de portugueses e nascido em Angola, fundou em Lisboa a produtora Papaveronir, “para a produção de cinema de autor (ficção e documentário de criação), em estreita ligação com Paris e Berlim”, lê-se na página oficial.

O cinema de João Viana já esteve selecionado para festivais, como os de Cannes, Berlim e Veneza. Em 2019 participou no encontro de produtores europeus de cinema, o “Producers On The Move”, no âmbito do Festival Internacional de Cinema de Cannes, em França.

 

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LusoJornal