Reitor da UTAD veio a Paris dizer que as universidades portuguesas “são do melhor que há”

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Aproveitando a vinda a Paris para participar no “Salon Partir Etudier au Portugal”, numa parceria com a associação Cap Magellan, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) organizou também uma sessão no Consulado Geral de Portugal em Paris, em colaboração com a Câmara de comércio e indústria franco-portuguesa (CCIFP).

O evento teve lugar nos Salões Eça de Queirós e o anfitrião do dia foi Filipe Ortigão, o Cônsul Geral Adjunto de Portugal. “É uma emoção falar numa sala tão simbólica, a sala Eça de Queirós” disse o Reitor Emídio Gomes. “Para mim foi um grande escritor. Alguém que tratou a língua portuguesa como ninguém”.

Mas o objetivo da tarde era também dar a provar vinhos e queijos feitos por antigos alunos da UTAD. “Todos os anos, há um antigo aluno da UTAD que faz um lote de vinho ao qual chamamos Alumni UTAD” explicou Emídio Gomes, que escolheu um Espumante feito na ilha da Madeira, um Tinto da Quinta da Pacheca, um Branco do alentejo, da Herdade do Esporão e um Porto Vintage da Quinta da Gaivota, “que é uma das coisas mais deliciosas que eu já bebi”. Todos estes vinhos foram feitos por enólogos formados na UTAD.

Durante uma conferência sobre “Universidades e Desenvolvimento Regional”, o Reitor da UTAD, que também estudou em França, destacou o desenvolvimento do ensino superior em Portugal nos últimos 50 anos. “Nos últimos 50 anos, Portugal apostou muito no ensino superior. Em muitas áreas, o ensino superior em Portugal não fica nada a dever ao ensino superior em França” afirmou.

E citou o exemplo de um jovem aluno lusodescendente que entrou agora para a UTAD. “A formação que ele vai receber nos próximos 5 anos na UTAD é reconhecida como médico veterinário em qualquer parte do mundo. Se ele decidir, por razões de afetividade, trabalhar em França ou noutro local, estará ao nível de qualquer um dos seus pares, mesmo se saiu da Escola de Maisons-Alfort que era, há 50 anos, a referência mundial na formação veterinária”.

Emídio Gomes referiu que o ensino universitário em Portugal passou por várias dimensões. Primeiro passou pela importância da formação, depois, nos anos 70 e 80 pela investigação e “agora estamos na terceira dimensão, a ligação das universidades ao setor produtivo”.

Carlos Vinhas Pereira, o Presidente da Câmara de comércio e indústria franco-portuguesa (CCIFP), também ele docente universitário em Paris-Dauphine, destacou que “uma universidade que fica em contacto com seus antigos alunos, é uma universidade dinâmica” e acrescentou que “a ligação entre universidades e empresas é importante. A UTAD tem experiência nesta área porque tem uma incubadora de empresas, que permite passar da teoria à prática. A parte teórica é fundamental, mas é também importante passar à prática. Nos Estados Unidos isso é corrente, um pouco menos em França. Portugal está mais avançado neste domínio. As universidades portuguesas fazem mais esta ligação com as empresas, criando troféus, atraindo as start-up para as acompanhar, ajudando a procurar business angels…” É por isso que a CCIFP e a UTAD decidiram assinar proximamente um Protocolo de cooperação.

Na sua intervenção, o Reitor da UTAD falou também de demografia e da necessidade de procurar estudantes fora do país. “Mas nós não queremos ter estudantes só pelo número, apostamos num desenvolvimento sólido, com estudantes da União Europeia e em particular os que têm origens portuguesas”.

“Devemos estar na 3ª geração da emigração dos anos 60. Os filhos desses iam a Portugal nos tempos de férias e agora, a geração nascida em França, olha para o país dos avôs de uma forma diferente” explica Emídio Gomes, argumentando que esta terceira geração é importante para a “afirmação europeia de Portugal”.

“Queremos mostrar que hoje o país é um país muito diferente e não tenham medo de dizer que as nossas universidades são do melhor que há” disse Emídio Gomes que destacou ainda os 120 hectares “lindíssimos” do Campus da UTAD, em Vila Real, “apenas a 50 minutos de um aeroporto internacional e a pouco mais de 2 horas de Paris”.

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LusoJornal