Lusa | Miguel A. Lopes Home Comunidade Remessas: Berta Nunes diz que remessas de emigrantes são contributo que revela ligação a PortugalLusojornal·14 Março, 2022Comunidade [pro_ad_display_adzone id=”37510″] A Secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, considera que as remessas dos emigrantes têm um contributo “inequívoco” para a riqueza nacional e revelam a sua “continuada ligação a Portugal”. Em declarações à Lusa, Berta Nunes sublinhou o valor das remessas em 2021 e que foi “o mais alto da era do euro” – 3,6 mil milhões de euros. Tendo em conta o atual perfil da emigração portuguesa, a governante refere que o contributo da diáspora portuguesa no país de origem abrange outras modalidades, nomeadamente o investimento. A esse propósito, afirmou que o Programa Nacional de Apoio ao Investimento da Diáspora (PNAID) “tem tornado clara a dimensão desse investimento, procurando simultaneamente fomentá-lo e consolidá-lo”. Segundo Berta Nunes, o Gabinete de Apoio ao Investimento da Diáspora (GAID), integrado na Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, acompanha cerca de 110 investidores com potencial de investimento superior a 80 milhões de euros. “O PNAID é, por definição, um programa que contraria a ideia de que o Governo apenas pensaria nos emigrantes ‘pelos votos e pelas remessas’, pois tem como objetivo apoiar, numa lógica de proximidade, o investimento sustentado dos emigrantes nas suas terras de origem, por forma a que, regressando ou não ao país, lhes sejam reconhecidos o respetivo valor e a integração nas suas Comunidades de origem”, explicou. Berta Nunes considerou que “o contributo das Comunidades portuguesas tem diversas dimensões, além das remessas e do investimento, que passam igualmente pela cooperação em meios como a investigação e a cultura e que resultam das múltiplas redes que atualmente ligam a diáspora a Portugal”. “Estas redes devem ser acompanhadas e fomentadas, trabalho que procuramos fazer nas diversas áreas de atuação desta área governativa: do ensino do português no estrangeiro à valorização da produção e herança cultural das Comunidades portuguesas, da promoção do ensino superior junto dos emigrantes e lusodescendentes ao trabalho de proximidade com o movimento associativo, quer com as associações ditas tradicionais, quer com as associações de graduados e pós-graduados”, advogou. E lamentou que entre os cidadãos das Comunidades portuguesas exista a ideia de que os Governos só se lembram das Comunidades por dois motivos: remessas e votos. Essa ideia, afiançou, “está nos antípodas do trabalho multidimensional e de proximidade que temos procurado, continuamente, assegurar e aperfeiçoar”. “Basta ver o enorme esforço da nossa rede diplomática e consular no apoio aos portugueses residentes na Ucrânia para perceber que, ao contrário, a nossa atenção é tanto maior quanto são mais difíceis as circunstâncias vividas por Portugueses residentes no estrangeiro”, disse. Sandra Moutinho, Lusa [pro_ad_display_adzone id=”46664″]