Remessas de emigrantes subiram 3,6%

As remessas dos emigrantes subiram 3,65% no ano passado, para 3.684,5 milhões de euros, ao passo que as verbas enviadas pelos estrangeiros a trabalhar em Portugal subiram 2,63%, para 531,8 milhões, divulgou na semana passada o Banco de Portugal.

De acordo com os dados, os valores enviados pelos trabalhadores portugueses no estrangeiro subiram de 3.343,2, em 2016, para 3.554,8 milhões, em 2017, e aumentaram para 3.684,5 milhões no ano passado.

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, considerou que este aumento das remessas dos emigrantes desde 2015 mostra a “grande confiança que se tem vindo a criar no país” para investir e enviar poupanças. “Os valores relativos às transferências dos Portugueses no estrangeiro sobre 2018 são muito positivos e ilustram de forma muito completa a grande confiança que os portugueses têm no seu país de origem”, disse José Luís Carneiro à Lusa, no dia em que o Banco de Portugal divulgou os dados relativos às remessas dos emigrantes.

Para José Luís Carneiro, os resultados são importantes não só porque mostram confiança no país desde 2015, ano em que o Governo de António Costa chegou ao poder, mas também porque o aumento das remessas surge na ressaca da crise financeira. “Neste período de 2012 a 2014 viveu-se uma crise muito profunda do sistema financeiro e houve vozes que, quando o Governo assumiu funções, temeram o pior nos níveis de confiança no país, mas as transferências dos Portugueses no mundo mostram que os níveis de confiança têm vindo a acentuar-se no país, quer relativamente às remessas, quer relativamente ao investimento cada vez mais significativo dos portugueses no mundo nas suas terras e regiões de origem”, disse o governante.

Desde 2010, Portugal já recebeu 27.575 milhões de euros, valor que sobe para 54.521 se tomarmos em conta todo o século XXI, lembrou José Luís Carneiro, salientado que estes números “mostram bem o contributo decisivo que os portugueses no estrangeiro continuam a dar para garantir o desenvolvimento económico e financeiro de Portugal”.

 

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LusoJornal