LusoJornal / Mário Cantarinha

Rosa Mota foi a madrinha da Corrida da Santa Casa da Misericórdia de Paris

A 9 de junho decorreu a 6ª edição da Corrida solidária da Santa Casa da Misericórdia de Paris, no Parc du Domaine de la Cour Roland, em Jouy-en-Josas (78). Pela segunda vez a madrinha da iniciativa foi a antiga Campeã olímpica, Rosa Mota.

Os participantes tiveram várias possibilidades: 4 ou 8 km, a correr ou a andar. O importante era participar porque o evento serviu para recolha de fundos para esta organização de apoio social aos mais carecidos.

 

O Provedor da Santa Casa, António Fernandes, falou ao LusoJornal da Corrida.

 

Como decorreu o dia?

A corrida talvez não chegou aos objetivos que tínhamos, porque havia outros acontecimentos ao mesmo tempo, particularmente a Festa de Pontault-Combault. Aliás foi pena eu não saber com antecedência que ia ser a 9 de junho. De certeza que teria mudado a data. Espero para o ano encontrar uma data que não nos ponha em concorrência porque não há concorrência.

 

Rosa Mota foi a madrinha…

Esta corrida também foi muito importante visto que pelo segundo ano consecutivo a madrinha foi Rosa Mota, Campeã olímpica que venceu muitas corridas. Um currículo invejável.

 

Qual é o papel da Santa Casa?

Nós estamos a trabalhar de forma voluntária para ajudar a Santa Casa. Ajudando a Santa Casa, permite-nos ajudar pessoas em dificuldades. A Santa Casa tem a particularidade de ajudar aqueles que mais necessitam. As pessoas mais pobres precisam de comer.

 

A Santa Casa tem serviços específicos?

A Santa Casa tem um serviço de psicologia, de psiquiatria, isto sem contar com as pessoas que morrem aqui e que ninguém quer ocupar-se. A Santa Casa tem lugares em cemitérios para acolher essas pessoas em Enghien-les-Bains.

 

Não tem ligações com a Santa Casa de Lisboa?

Não temos ligações com a Santa Casa de Lisboa. Não temos nenhuma remuneração, somos todos voluntários. Temos o nome de Santa Casa da Misericórdia, mas não temos ligação com Portugal. Eu venho de Macau onde havia o Congresso da Santa Casa. Muitas Santas Casas têm meios e podem pagar empregados, mas aqui em Paris, não. Pagamos impostos em França, não recebemos nada, e não recebemos nada de Portugal. Não temos nada. Temos um apoio do Consulado, do Cônsul Geral António de Albuquerque Moniz. Através dele conseguimos um subsídio de 15 mil euros para 2019. Temos muito respeito por esse homem.

 

Vai haver mais um evento a 16 de junho…

Dia 16 de junho vai haver um almoço da Santa Casa no Santuário da Nossa Senhora de Fátima. Estamos com 200-300 pessoas para os 25 anos da Santa Casa da Misericórdia. Há uma missa, depois um almoço e por fim um debate. De notar que também vai haver um livro que vai ser editado antes do fim do ano sobre os 25 anos.

 

Rosa Mota, madrinha de coração

A madrinha da Corrida de solidária da Santa Casa da Misericórdia de Paris tem um currículo invejável: Campeã da Europa da maratona em 1982 em Atenas, em 1986 em Estugarda, e em 1990 em Split, bem como Campeã do mundo em 1987 em Roma, e Campeã Olímpica em 1988 em Seul.

Além deste passado glorioso, Rosa Mota não esquece de ajudar os outros.

 

Como se sente por estar novamente aqui em Paris?

Sinto-me muito feliz por estar aqui e estou muito agradecida à Santa Casa por me convidar, sendo novamente a Madrinha, o que representa uma grande honra para mim. Agradeço todos aqueles que estiveram presentes aqui.

 

Está vestida a rigor para a prática do desporto. O desporto é essencial na nossa vida?

O equipamento que utilizei não era o de Seul, mas podia ser porque o ‘corpinho’ é igual e o espírito continua ser o mesmo. Eu continuo a correr sempre, e é um desafio para todos. Para a nossa saúde é necessário caminhar, correr, andar e fazer ginástica. É muito importante.

 

O que representa esta iniciativa para si?

Eu acho que todos nós temos de pensar nos outros porque não vivemos sozinhos, vivemos em sociedade. Se dermos um bocadinho aos outros, acho que ficamos diariamente mais ricos e acho que dormimos melhor. Em relação à Santa Casa, acho que deve ser um prazer, uma dedicação, ajudar, temos de ajudar a Santa Casa. São eles que depois vão dar carinho àqueles que estão mais isolados e àqueles que se fecham em casa e precisam de ajuda. A Santa Casa é uma família. Se conhecem pessoas em dificuldades, não hesitem em contactar a Santa Casa. Sinto-me honrada de fazer parte desta família. Não custa nada darmos um bocadinho de nós aos outros. Ficamos muito mais felizes.

 

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