As barras proteicas não são exclusivas para quem pratica musculação. Estas podem ser uma opção prática para qualquer pessoa que precise de um snack equilibrado, especialmente se existir dificuldade em atingir as necessidades diárias de proteína através das refeições habituais.
Importa reforçar que nem todas as barras proteicas são iguais – a composição varia bastante e nem todas têm um perfil nutricional equilibrado. Muitas destacam nos rótulos a quantidade de proteína, mas, ao analisar a lista de ingredientes, percebe-se que algumas contêm quantidades excessivas de açúcares e gorduras adicionados.
Assim, enquanto algumas barras podem ser um bom complemento para reforçar a ingestão proteica – seja para otimizar a recuperação muscular pós-exercício ou ajudar a manter a massa muscular em fases específicas da vida – outras não são tão interessantes do ponto de vista nutricional. Neste sentido, é fundamental a correta interpretação dos rótulos, não devendo estas opções ser consideradas “automaticamente” como saudáveis só por ter “proteína” no nome.
É importante também não encará-las como uma solução milagrosa ou uma necessidade absoluta – são apenas um complemento. O foco deve estar sempre numa alimentação variada e equilibrada, privilegiando fontes alimentares de proteína, como ovos, iogurtes, queijo, leguminosas, frutos oleaginosos e peixe. As barras proteicas podem ser práticas, mas não devem substituir refeições nutritivas e completas.
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Dra. Beatriz Vieira
Nutricionista
Coordenadora da unidade de nutrição clínica do Hospital Lusíadas Amadora