Saúde: Infeções na creche_LusoJornal·Saúde·17 Março, 2023 [pro_ad_display_adzone id=”37510″] A creche é um estabelecimento de ensino que se destina a crianças dos 0 aos 3 anos de idade; a idade de entrada para a creche é variável, pois depende das vagas existentes e da opção das famílias, mas a maioria das crianças com 1 ano de idade já frequenta a creche. As doenças mais comuns nesta faixa etária são as infeções víricas, especialmente as doenças causadas por vírus respiratórios. Também são comuns as gastroenterites. A maioria das doenças comuns não são graves. A gravidade depende de vários fatores, tais como se a criança é saudável ou não, a idade da criança (em bebés mais pequenos as doenças podem ser mais graves) e dos vírus ou bactérias em si. É inevitável apanhar infeções na escola. Uma criança no primeiro ano de escola pode ter um episódio de doença praticamente todos os meses. Nesse sentido, não podemos prevenir em absoluto os episódios de doença. O mesmo não significa que as doenças devam ser procuradas! Por esse motivo existe uma lista de doenças de evicção escolar obrigatória, entre as quais se encontra a varicela. As crianças doentes devem ficar em casa para minimizar o contágio das outras crianças. Não havendo uma prevenção absoluta, algumas regras podem ajudar a minimizar o contágio. As regras de higiene respiratória e a lavagem das mãos são medidas simples, mas eficazes, que devemos tentar que as crianças e os funcionários das escolas cumpram. Em Portugal ainda temos um uso exagerado de antibióticos e xaropes para a tosse. A maioria das infeções víricas apenas precisa de medidas de alívio de sintomas e de tempo para resolver. Há uma procura excessiva de cuidados de saúde e de medicamentos para episódios de doença simples. Penso que é necessário investir numa maior literacia em saúde, para dar aos pais ferramentas adequadas nas situações de doença dos filhos. As medidas que estão recomendadas nos mais novos, também se aplicam aos mais velhos. As crianças mais velhas terão habitualmente mais defesas, mas não estão livres do contágio! Por esse motivo também se recomendam as medidas de higiene respiratória e lavagem das mãos. São medidas universais, que devem ser adotadas por toda a população. Dra. Mariana Capela Pediatra Hospital Lusíadas Porto [pro_ad_display_adzone id=”46664″]