Saúde: Outubro Rosa – Prevenção do cancro de mama


Outubro Rosa é uma campanha que tem como objetivo alertar as mulheres sobre a importância do diagnóstico precoce do cancro da mama.

Com origem nas glândulas mamárias, o cancro da mama pode aparecer em homens ou mulheres (embora mais frequente no sexo feminino).

As células do cancro de mama podem invadir tecidos circundantes e podem-se disseminar a outras partes do organismo.

As mulheres têm de estar sensibilizadas para o diagnóstico precoce, antes de surgirem sinais e/ou sintomas. É fundamental para aumentar a probabilidade de o tratamento ser mais eficaz e, dessa maneira, possibilitar um melhor prognóstico da doença.

Consequentemente, diminui a mortalidade (ainda é o cancro com maior mortalidade no mundo), evitando também cirurgias, como a mastectomia e/ou radio/quimioterapia com enorme impacto na autoestima, sobretudo em mulheres muito jovens.

Sobre os exames para despiste, cada mulher deve conversar com o seu médico acerca dos riscos individuais e familiares.

Para deteção precoce é geralmente recomendado realizar mamografia a cada dois anos a partir dos 50 anos, se for sempre normal.

Porém, cada caso é um caso, e devem ser avaliados individualmente.

A mamografia permite visualizar nódulos antes que estes possam ser sentidos ou palpados.

A ecografia mamária é um bom complemento, não emite radiação, mas não é um método tão sensível para deteção precoce.

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A importância do autoexame

O exame clínico e a autopalpação podem ser realizados, por exemplo, uma vez por mês, sendo que a melhor altura é a semana a seguir ao período menstrual.

Deve-se ter em conta que podem surgir alterações por vários fatores (idade, toma de pílula, ciclo menstrual, gravidez, menopausa), que não são necessariamente malignas.

Se, durante o autoexame, detetar alguma alteração ou tiver alguma dúvida, a mulher deve entrar em contacto com o seu médico.

Os sintomas não definem a doença, apenas aumentam suspeita e deve sempre consultar um médico:

– Nódulo detetável ao toque;

– Dor na mama;

– Alteração do tamanho ou forma;

– Aumento de sensibilidade;

– Secreções ou perda de líquido no mamilo;

– Retração do mamilo;

– Pele com descamação, vermelhidão ou inchaço.

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Fatores de risco

Não implicam necessariamente diagnóstico de cancro de mama. São, entre outros:

– Idade;

– Antecedentes familiares;

– Fatores hormonais;

– Outras doenças da mama;

– Alimentação e sobrepeso;

– Exposição a radiação.

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Dr. Ricardo Moutinho Guilherme

Médico de Medicina Geral e Familiar

Medicina Estética e Antienvelhecimento

ClínicaLab, Cascais

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