Saúde: Reconstrução mamária – Devolver de autoestima através da Cirurgia Plástica

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Outubro Rosa é o mês dedicado à consciencialização do cancro de mama. Nascido nos EUA, na década de 90 do século passado, este movimento tem como objetivo mobilizar a sociedade para a luta de um dos cancros mais agressivos. Desde aí a cor rosa é usada para homenagear as mulheres com cancro da mama. E nunca se esqueça que o diagnóstico precoce salva vida!

A realização de uma Cirurgia da Mama por motivos oncológicos acarreta uma carga física e psicológica imensurável para a vida das pacientes.

Felizmente, com a evolução da Medicina e das técnicas utilizadas, temos assistido à adoção de técnicas oncológicas mais dirigidas e menos agressivas, bem como a técnicas reconstrutivas de complexidade diversa, mas com resultados tendencialmente melhores e mais naturais.

Os principais factores determinantes na técnica reconstrutiva escolhida são o tipo de cirurgia oncológica realizada (Mastectomia com ou sem preservação de pele, da aréola ou do mamilo/ Tumorectomias), a realização de tratamentos adjuvantes ou neo-adjuvantes (Radioterapia antes ou após a cirurgia) e o tabagismo.

Na consulta de Cirurgia Plástica, idealmente realizada antes de qualquer cirurgia, são discutidas as diversas hipóteses reconstrutivas que existem, o que esperar de cada uma delas e quais os timings em que são realizadas. Nunca é demais frisar a importância extrema da relação que se cria na consulta, pois é aqui que surgem as dúvidas, se extinguem os medos e se prepara uma caminhada em conjunto.

De forma muito simplista, as reconstruções podem ser imediatas (realizadas no mesmo tempo que a cirurgia oncológica), diferidas (realizadas posteriormente à cirurgia oncológica) e podem ser autólogas (com tecidos do próprio corpo) ou aloplásticas (com recurso a implantes e similares).

Todas as técnicas têm vantagens e desvantagens, mas sempre que possível, opto por Reconstruções Imediatas. Ao evitar o período – ainda que transitório – de ausência de mama, a recuperação física e psicológica é tendencialmente melhor, sendo que, muitas das vezes, o resultado final acaba por ser similar ao de uma Cirurgia Estética.

Nesta caminhada, transmito e reforço às pacientes que o Cirurgião Plástico está sempre presente – com algumas preocupações, mas sempre com uma mensagem de apoio e de esperança, pois a reconstrução de uma parte amputada do corpo está na génese da Especialidade, e é um dos atos mais bonitos da Medicina.
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Dr. Rúben Malcata Nogueira

Especialista em Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Estética

rubenmalcatanogueira.pt

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