LusoJornal | Mário CantarinhaSecretário de Estado Emídio Sousa reconhece trabalho do historiador Daniel BastosMário Cantarinha·Comunidade·3 Dezembro, 2025 O Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Emídio Sousa, esteve em Paris aquando da apresentação do livro “Monumentos ao Emigrante – Uma Homenagem à História da Emigração Portuguesa” do historiador Daniel Bastos e do fotógrafo Luís Carvalhido. “Eu penso que o trabalho do Daniel é extremamente importante porque significa o reconhecimento das Comunidades emigrantes, que é perpetuado em Portugal nas múltiplas homenagens que foram feitas ao longo do tempo em múltiplos territórios. O Daniel falou-nos de 124 monumentos, se a memória não me falha. É notável!” disse o governante ao LusoJornal. Para Emídio Sousa, estes monumentos significam também uma perceção que foi evoluindo. “Inicialmente o emigrante não era visto assim, um emigrante não era tão respeitado e admirado como deveria ser. Hoje, nós em Portugal, a nossa gente, reconhece no emigrante uma força, alguém que saiu, que se sacrificou, que até contribuiu para o próprio país, porque ao enviar remessas para Portugal, ao construir a sua casa em Portugal, ao regressar com algum capital, fazer um pequeno negócio, também promoveu o desenvolvimento do país, o crescimento económico, o desenvolvimento das atividades económicas e isso também ajudou Portugal a crescer”. Entrevistado pelo LusoJornal, Emídio Sousa considera que “Hoje Portugal é um país que tem um nível de vida razoável, ainda ambicionámos tê-lo muito melhor, mas muito deste nível de vida foi-se desenvolvendo e foi crescendo por força do emigrante, das suas remessas, naquele sentido que foram fazer a sua casa, outros até construíram uma segunda casa para arrendar, portanto promoveram atividades económicas que ajudaram o país a crescer. E este reconhecimento através dos monumentos foi uma das formas que as Comunidades em Portugal tiveram de reconhecer”. O livro tem edição bilingue, em português e em inglês, com tradução de Paulo Teixeira, prefácio do filósofo e escritor Onésimo Teotónio Almeida, e posfácio da socióloga das migrações, Maria Beatriz Rocha-Trindade. “Ao fazer esta recolha, o Daniel Bastos e o Luís Carvalhido fizeram um trabalho notável porque estão a perpetuar uma memória e estão também a pôr em evidência as nossas Comunidades espalhadas pelo mundo e no fundo é um reconhecimento à sua importância para todos nós. Estou feliz, dou os meus parabéns aos autores, ao trabalho que aqui está feito, porque mais uma vez é motivo de orgulho para todos nós” concluiu Emídio Sousa.