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Setor agroalimentar de Portugal: Qualidade, inovação e adaptação aos novos padrões de consumo dinamizam exportações

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A indústria portuguesa agroalimentar tem sido confrontada com enormes desafios, nomeadamente ao nível dos seus fatores de qualidade e da sua relação com a sociedade e o meio ambiente. As nossas empresas têm feito um trabalho exemplar de inovação no desenvolvimento de produtos que são valorizados nos mercados externos através de uma notável adaptação aos novos padrões de consumo.

O setor agroalimentar português tem prosseguido um percurso notável nos últimos anos com uma expressão crescente nos mercados internacionais, apresentando-se, atualmente, como um setor mais organizado, mais profissional, mais inovador.

Nos últimos anos, o peso das exportações do complexo agroalimentar no comércio internacional, traduz a capacidade que o setor teve para se consolidar e diversificar alcançando, em 2021, um máximo histórico de 7.769,3 milhões de euros, ou seja, o equivalente a 22,3% do total das exportações nacionais, uma progressão de 14,5% relativamente ao ano anterior.

O aumento das exportações na última década deve-se, em grande parte, ao grande dinamismo de vários setores, como é o caso dos setores das hortofrutícolas, do vinho, do azeite, assim como da produção animal. Claramente, verificou-se uma simbiose entre qualidade, inovação e capacidade de adaptação aos novos padrões de consumo que dinamizam as exportações, numa aposta das empresas nacionais para consolidar mercados externos como os da União Europeia, que constituem o principal destino das nossas exportações, os de países de Comunidades portuguesas e na abertura e diversificação de novos mercados.

A participação nacional de cerca de 100 empresas portuguesas no SIAL (Salão Internacional da Alimentação), um dos certames mundiais mais antigos cuja primeira edição remonta a 1964, com 26 países participantes e contempla este ano 7.200 expositores de 119 países, constitui uma razão evidente para a presença forte e continuada do nosso país neste certame.

Comércio internacional português no ramo Agroalimentar

Ligeiro aumento do défice da balança comercial

A balança comercial portuguesa no setor agroalimentar é tradicionalmente deficitária.

Em 2021, os dados do INE sobre as trocas comerciais de produtos agroalimentares mostram uma progressão de 14,5% nas exportações, que atingem 7.769,3 milhões euros, e um aumento de 12,1% nas importações, que alcançam 11.848,2 milhões de euros, quando comparadas com igual período de 2020.

Em consequência, o défice comercial na balança portuguesa do setor agroalimentar agravou-se ligeiramente para -4.078,9 milhões de euros, com uma ligeira melhoria da taxa de cobertura que é de 65,6%.

Os principais grupos de produtos agroalimentares exportados por Portugal são as bebidas, gorduras e óleos animais e vegetais, frutas frescas, peixes, crustáceos e moluscos, conservas de frutas e produtos hortícolas, preparações de cereais e pastelaria, leite e lacticínios, mel, conservas de peixes e carnes.

As principais importações portuguesas da fileira agroalimentar foram peixes frescos e congelados, carnes de animais bovinos, frescas ou refrigeradas, frutas frescas e congeladas, cereais, oleaginosas, gorduras e óleos vegetais.

 

França segundo cliente e segundo fornecedor de Portugal de PAA

As vendas de produtos agroalimentares para França ultrapassaram os 734,2 milhões de euros em 2021, enquanto as nossas compras a este país ultrapassaram os 846,5 milhões de euros.

A França ocupa o segundo lugar no ranking dos clientes de Portugal das nossas vendas de produtos agroalimentares, com uma quota de mercado de 9,5%, depois da Espanha, primeiro cliente, que absorve mais de um terço das vendas com uma quota de mercado de 36,2%. Senguem-se-lhes Brasil, Reino Unido e Holanda, com pouco mais de 5% de parte de mercado cada, num cenário em que estes 5 primeiros clientes da amostra representam 61% das exportações nacionais.

Em matéria de importações de PAA, quase metade do total, 46,9%, provêm da vizinha Espanha. A posição da França é de assinalar como segundo fornecedor, com 7,1% das nossas compras ao estrangeiro, à frente da Alemanha, com 5,9%, Holanda 5,8% e Brasil 5%. Estes cinco de países contribuem em 70,7% no total das importações portuguesas de produtos agroalimentares.

 

Principais exportações de produtos agroalimentares para França

De entre as principais categorias exportadas, as bebidas constituem o capítulo mais importante das nossas vendas para França, representando 20% do total, o equivalente a 146,5 milhões de euros. Em segundo lugar no ranking é, todavia, de salientar o posicionamento do capítulo de frutas frescas e congeladas com uma parte de 18,3%, o equivalente a 134,3 milhões, seguidos do capítulo conservas de carnes, peixes e moluscos, 76,1 milhões de euros, e 10,4% do total.

Na quarta posição, peixes crustáceos e moluscos frescos e congelados, 66,5 milhões de euros e 9,1% do total, ou ainda as conservas de produtos hortícolas, frutas, etc. com uma parte de 8,6% para um equivalente de 62,7 milhões de euros, na quinta posição.

Estes cinco grupos de produtos contribuem em mais 66,4% no cômputo global.

 

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LusoJornal