Federação Portuguesa de Ténis de Mesa

Ténis de mesa: Leila Oliveira feliz com feito histórico português em Nantes

A Seleção portuguesa masculina de ténis de mesa perdeu a final do Europeu de equipas, que terminou em Nantes, ao ser derrotada pela Campeã em título, a Alemanha, por 3-0.

Dimitrij Ovtcharov venceu Marcos Freitas por 3-0 (11-7, 11-7 e 11-8), Timo Boll superou João Monteiro por 3-1 (11-7, 4-11, 11-9 e 11-7) e, no último embate, Patrick Franziska bateu Tiago Apolónia por 3-0 (12-10, 11-9 e 11-4).

Os germânicos repetiram o resultado da final de 2017 com Portugal, que tinha triunfado por 3-1 em 2014, e somaram o oitavo título, replicando 2007, 2008, 2009, 2010, 2011, 2013 e 2017, enquanto a Seleção lusa soma agora uma medalha de ouro, em 2014, duas de prata, em 2017 e 2019, e uma de bronze, em 2011.

Por seu lado, a Seleção feminina também perdeu a final do Europeu de equipas, em Nantes, ao ser derrotada pela Campeã em título, a Roménia, por 3-0.

Bernadette Szocs superou Jieni Shao por 3-2 (11-7, 8-11, 6-11, 11-7 e 11-6), Daniela Dodean Monteiro bateu Fu Yu também por 3-2 (7-11, 11-8, 11-9, 6-11 e 11-3) e Elizabeta Samara ganhou a Leila Oliveira por 3-0 (11-9, 11-7 e 11-6).

As Romenas somaram o quinto cetro de ténis de mesa, depois dos conquistados em 1992, 2002, 2005 e 2017, enquanto Portugal, ao arrebatar a prata, conseguiu a sua melhor classificação de sempre, já que nunca tinha sequer chegado às meias-finais.

O LusoJornal falou com Leila Oliveira, medalha de prata com a Seleção portuguesa feminina, que estava feliz com a medalha conquistada.

 

Qual foi a sensação quando recebeu a medalha de prata?

Foi um momento único. Foi a minha primeira medalha em competições europeias, foi a primeira medalha de equipas femininas para Portugal em competições europeias. Foi emocionante, sem dúvida inesquecível.

 

Há alguma frustração em relação à final? Sente que podia ter feito mais ou não?

Depois de todo o percurso durante esta competição, não podemos dizer que foi frustrante, mas ficou aquela mágoa de que podia ter sido algo mais porque os dois primeiros jogos foram ambos 3-2 e podiam ter caído para o nosso lado. Mas a Roménia é uma equipa muito homogénea e muito forte. Já tínhamos sido derrotadas por elas há 2 anos atrás. A meu ver sem dúvida que elas têm muito mérito neste título.

 

Quando se faz um balanço final da prova, é 100% positivo?

A partir do momento em que se faz história num país, creio que passa a ser uma prova 100% positiva.

 

Antes da prova, acreditava que pudessem chegar às medalhas?

O nosso objetivo principal sempre foi a passagem de grupo, pois tínhamos a Rússia e sabíamos que era um jogo complicado. Depois do grupo fomos pensando fase a fase, jogo a jogo, e acabou por acontecer o melhor.

 

A nível pessoal como viveu esta prova?

Para mim foi super emocionante, principalmente vencer uma equipa vice-Campeã olímpica e Campeã europeia. Foi um momento de largar algumas lágrimas de alegria. Foi uma semana de muita aprendizagem entre as melhores da Europa. Foi sem dúvida uma das melhores semanas da minha vida!

 

O que dizer da organização, da cidade de Nantes, do ambiente,…?

Em relação à cidade e ao país senti que fomos super bem recebidos, o público vibrou em todos os momentos mesmo quando não era a França a jogar. Tudo fantástico!

 

Agora o futuro: quais são os próximos objetivos? Os Jogos Olímpicos?

Sem dúvida que agora o nosso foco são os Jogos Olímpicos, feito nunca alcançado pela equipa feminina em Portugal. Teremos a qualificação em janeiro de 2020, no Porto. Até lá é preparar bem.

 

Para conhecermos melhor a Leia, o que podemos de si?

Eu sou natural de Aveiro, comecei no ténis de mesa como uma brincadeira com as minhas amigas. Sempre tive um encanto por desporto, qualquer um. Mas este foi especial, não sei explicar, parecia que estava destinado a acompanhar-me durante algum tempo na minha vida. Quando comecei a ter alguns títulos nacionais e a ser chamada à Seleção, aí sim, percebi que era isto que gostava realmente, todo este ambiente de competição ao mais alto nível é fantástico.

 

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LusoJornal