LusoJornal / Carlos PereiraVoto de Pesar pelo falecimento de António Fernandes aprovado no Parlamento foi apresentado pelo ChegaCarlos Pereira·Comunidade·8 Janeiro, 2025 O Voto de Pesar pela morte de António Fernandes aprovado por unanimidade em sessão plenária do Parlamento português foi apresentado pelos Deputados José Dias Fernandes (eleito pelo círculo eleitoral da Europa) e Pedro Pinto do grupo parlamentar do Chega. O LusoJornal tinha publicado um artigo anunciando a apresentação de um Voto de Pesar pelo Deputado socialista Paulo Pisco, mas na verdade, o Voto de Pesar que foi apresentado, lido e aprovado na 64ª Sessão da Assembleia da República foi o do Chega. A Proposta de texto 460/XVI/1 do Chega, assinada pelos dois Deputados José Dias Fernandes e Pedro Pinto, deu entrada na Assembleia da República no dia 28 de novembro de 2024, enquanto a Proposta de texto 476/XVI/1, apresentada pelo Partido Socialista e assinada apenas pelo Deputado Paulo Pisco, só deu oficialmente entrada na Assembleia da República no dia 5 de dezembro, precisamente no dia em que estava agendada a apresentação do Voto de Pesar apresentada pelos Deputados do Chega. Se os Deputados se tivessem concertado antes, teriam apresentado um só Voto de Pesar. Neste caso, apenas foi a votação o primeiro texto que deu entrada na Assembleia da República, não fazendo qualquer sentido, claro, aprovar um segundo Voto de Pesar. O LusoJornal publica aqui, na íntegra, o Voto de Pesar pelo falecimento de António Fernandes, lido e votado, por unanimidade, na sessão plenária da Assembleia da República. . Voto de pesar pelo falecimento de António Fernandes Serve este voto para manifestar o mais profundo pesar pelo falecimento de António Fernandes que nasceu em Argozelo, no concelho de Bragança, em Trás-os-Montes, corria o ano de 1955. Como tantos outros, partiu para França muito novo, em busca de uma vida melhor, construindo uma carreira de trabalhador dedicado na região de Paris. Empresário de sucesso, subiu a pulso na vida, revelando-se exemplo de empreendedorismo e dedicação para todos os seus companheiros. Por isso, ao longo das décadas, tornou-se numa figura respeitada e acarinhada entre a Comunidade portuguesa na diáspora. Exerceu funções como Presidente da Academia do Bacalhau de Paris, um importante ponto de convergência da identidade lusófona em terras estrangeiras, bem como foi Provedor da Santa Casa da Misericórdia sediada em na capital francesa, revelando ao longo das décadas, em todos os cargos que ocupou, enorme sensibilidade social e profundo humanismo. O facto de nunca se ter negado a ajudar os imigrantes portugueses que necessitavam de apoio atesta a generosidade do seu enorme coração, sendo inúmeros os casos de relatos de apoio benemérito e abnegado a tantos portugueses que, hoje, no seu anonimato, lhe são eternamente gratos e lhe prestam reverente homenagem. O antigo empresário faleceu, como comunicaram os amigos e familiares mais próximos, devido a problemas cardíacos que o levaram a ser hospitalizado este mês. Deixa assim, aos 69 anos, a sua peregrinação na Terra, tendo percorrido em vida todos os Continentes e dezenas de Países, sempre com o propósito de unir os portugueses emigrados, de criar laços e estabelecer pontes, sob a égide da bandeira nacional, que tanto amava. Assim, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, delibera manifestar o seu profundo pesar pelo falecimento de António Fernandes, no reconhecimento da sua vida dedicada aos Portugueses pelo mundo fora, endereçando as mais sentidas condolências à sua família e amigos . Assinado pelos Deputados do grupo parlamentar do Chega, Pedro Pinto e José Dias Fernandes