Yazaldes Nascimento sonha com Jogos Olímpicos de 2020

Contagem decrescente para os Jogos Olímpicos de Tóquio no Japão que vão decorrer no verão do próximo ano. Os atletas, incluindo o velocista Yazaldes Nascimento, já estão focados nesse objetivo mas para isso têm de conquistar o seu lugar.

No atletismo, garantir um lugar, é garantir os resultados mínimos impostos. Para isso os atletas participam em várias provas. De notar que o período para obtenção de mínimos para o atletismo encerra a 29 de junho de 2020.

No meeting de Charléty, que decorreu em Paris, o antigo Campeão olímpico português Nelson Évora foi sétimo classificado no triplo salto com 16,82 metros, numa prova ganha pelo norte-americano Will Claye com 18,14 metros estabelecendo assim um novo recorde no evento parisiense.

Nos 100 metros, cinco Portugueses participaram na prova, sendo que apenas Diogo Antunes chegou à final onde terminou no oitavo e último lugar com 10,34 segundos.

Na estafeta 4×100 metros, composta por Carlos Nascimento, Diogo Antunes, Frederico Curvelo e Yazaldes Nascimento, os Portugueses cortaram a meta em quarto lugar, com um tempo de 39,24 segundos, marca distante do apuramento para os Mundiais que vao decorrer em Doha no Qatar de 27 de setembro a 6 de outubro.

O LusoJornal falou com Yazaldes Nascimento, atleta de 33 anos, luso-são-tomense, que participou nos Jogos Olímpicos de 2004 na Grécia com as cores de São Tomé e Príncipe, antes de passar a representar Portugal. À procura do apuramento para os Jogos Olímpicos, Yazaldes Nascimento admitiu que quer apurar-se com a estafeta portuguesa, mas também na prova individual dos 100 metros.

 

Os Jogos Olímpicos estão a aproximar-se, é um objetivo estar presente com a estafeta 4×100 metros e nos 100 metros?

Eu espero estar nos 100 metros. Tenho tido muitas lesões nos últimos quatro anos, foi quando fiz a minha melhor marca. Neste momento estou a tentar voltar, e espero que no próximo ano as coisas vão correr melhor. Espero estar em Tóquio, tenho grandes possibilidades bem como a equipa, a estafeta. Mas ainda falta muito tempo e temos de trabalhar. Há muitos meses ainda pela frente e muitos treinos. É construir passo a passo essa caminhada.

 

Em Paris, no meeting de Charléty, a estafeta alcançou o quarto lugar…

Vínhamos com outra ambição, tentar bater o recorde nacional, e qualificar-nos para o Mundial mas ficamos bastante longe desse objetivo. Foi a última oportunidade que tivemos, mas não conseguimos perceber o que aconteceu. São coisas que acontecem. Agora é trabalhar para estarmos presentes no próximo ano nos Jogos Olímpicos.

 

É uma desilusão este resultado?

Sim. Saímos com uma certa desilusão porque estávamos confiantes. Podíamos fazer um bom resultado aqui, mas não conseguimos perceber o que se passou. Também é verdade que em termos competitivos, não competimos muito em termos de estafeta, e isso prejudicou-nos um pouco o nosso resultado. Mas isto não serve de desculpa.

 

Estar presente em Paris, no meeting de Charléty, na Liga Diamante, a mais prestigiada prova da IAAF, é importante?

É importante estar presente porque é o reconhecimento da evolução da velocidade em Portugal. Em termos competitivos, nós não temos normalmente possibilidades de competir a este nível, por isso é muito importante estarmos presentes. Temos de tirar coisas positivas desta prova.

 

Quais são os objetivos da estafeta?

O nosso primeiro objetivo era estar no Mundial, mas não vamos conseguir. O segundo objetivo, agora principal, são os Jogos Olímpicos no próximo ano. O Mundial podia ajudar a chegar aos Jogos Olímpicos, mas não aconteceu. Estamos tristes, mas temos um ano ainda para trabalhar, tentar corrigir certas coisas, para daqui um ano estarmos em Tóquio.

 

Representou São Tome e Príncipe, onde nasceu, e agora representa Portugal, seriam sensações diferentes ter estado nos Jogos Olímpicos com as suas duas Nações?

Em 2004 já estive nos Jogos Olímpicos a representar São Tomé e Príncipe, mas ainda não representei Portugal nas Olimpíadas. Em 2004 em Atenas foi uma experiência fantástica. Por Portugal, eu estava qualificado para o Rio em 2016, no Brasil, mas por lesão não estive presente. Vão ser sensações diferentes porque se consigo estar em Tóquio, e espero estar lá, vou ir com outros objetivos que aqueles com os quais fui em 2004, mas claro nunca me vou esquecer dessa primeira participação. Sinto-me português e são-tomense, isso ninguém mo tira.

 

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LusoJornal