Home Desporto Yazaldes Nascimento sonha com Jogos Olímpicos de 2020Marco Martins·12 Setembro, 2019Desporto Contagem decrescente para os Jogos Olímpicos de Tóquio no Japão que vão decorrer no verão do próximo ano. Os atletas, incluindo o velocista Yazaldes Nascimento, já estão focados nesse objetivo mas para isso têm de conquistar o seu lugar. No atletismo, garantir um lugar, é garantir os resultados mínimos impostos. Para isso os atletas participam em várias provas. De notar que o período para obtenção de mínimos para o atletismo encerra a 29 de junho de 2020. No meeting de Charléty, que decorreu em Paris, o antigo Campeão olímpico português Nelson Évora foi sétimo classificado no triplo salto com 16,82 metros, numa prova ganha pelo norte-americano Will Claye com 18,14 metros estabelecendo assim um novo recorde no evento parisiense. Nos 100 metros, cinco Portugueses participaram na prova, sendo que apenas Diogo Antunes chegou à final onde terminou no oitavo e último lugar com 10,34 segundos. Na estafeta 4×100 metros, composta por Carlos Nascimento, Diogo Antunes, Frederico Curvelo e Yazaldes Nascimento, os Portugueses cortaram a meta em quarto lugar, com um tempo de 39,24 segundos, marca distante do apuramento para os Mundiais que vao decorrer em Doha no Qatar de 27 de setembro a 6 de outubro. O LusoJornal falou com Yazaldes Nascimento, atleta de 33 anos, luso-são-tomense, que participou nos Jogos Olímpicos de 2004 na Grécia com as cores de São Tomé e Príncipe, antes de passar a representar Portugal. À procura do apuramento para os Jogos Olímpicos, Yazaldes Nascimento admitiu que quer apurar-se com a estafeta portuguesa, mas também na prova individual dos 100 metros. Os Jogos Olímpicos estão a aproximar-se, é um objetivo estar presente com a estafeta 4×100 metros e nos 100 metros? Eu espero estar nos 100 metros. Tenho tido muitas lesões nos últimos quatro anos, foi quando fiz a minha melhor marca. Neste momento estou a tentar voltar, e espero que no próximo ano as coisas vão correr melhor. Espero estar em Tóquio, tenho grandes possibilidades bem como a equipa, a estafeta. Mas ainda falta muito tempo e temos de trabalhar. Há muitos meses ainda pela frente e muitos treinos. É construir passo a passo essa caminhada. Em Paris, no meeting de Charléty, a estafeta alcançou o quarto lugar… Vínhamos com outra ambição, tentar bater o recorde nacional, e qualificar-nos para o Mundial mas ficamos bastante longe desse objetivo. Foi a última oportunidade que tivemos, mas não conseguimos perceber o que aconteceu. São coisas que acontecem. Agora é trabalhar para estarmos presentes no próximo ano nos Jogos Olímpicos. É uma desilusão este resultado? Sim. Saímos com uma certa desilusão porque estávamos confiantes. Podíamos fazer um bom resultado aqui, mas não conseguimos perceber o que se passou. Também é verdade que em termos competitivos, não competimos muito em termos de estafeta, e isso prejudicou-nos um pouco o nosso resultado. Mas isto não serve de desculpa. Estar presente em Paris, no meeting de Charléty, na Liga Diamante, a mais prestigiada prova da IAAF, é importante? É importante estar presente porque é o reconhecimento da evolução da velocidade em Portugal. Em termos competitivos, nós não temos normalmente possibilidades de competir a este nível, por isso é muito importante estarmos presentes. Temos de tirar coisas positivas desta prova. Quais são os objetivos da estafeta? O nosso primeiro objetivo era estar no Mundial, mas não vamos conseguir. O segundo objetivo, agora principal, são os Jogos Olímpicos no próximo ano. O Mundial podia ajudar a chegar aos Jogos Olímpicos, mas não aconteceu. Estamos tristes, mas temos um ano ainda para trabalhar, tentar corrigir certas coisas, para daqui um ano estarmos em Tóquio. Representou São Tome e Príncipe, onde nasceu, e agora representa Portugal, seriam sensações diferentes ter estado nos Jogos Olímpicos com as suas duas Nações? Em 2004 já estive nos Jogos Olímpicos a representar São Tomé e Príncipe, mas ainda não representei Portugal nas Olimpíadas. Em 2004 em Atenas foi uma experiência fantástica. Por Portugal, eu estava qualificado para o Rio em 2016, no Brasil, mas por lesão não estive presente. Vão ser sensações diferentes porque se consigo estar em Tóquio, e espero estar lá, vou ir com outros objetivos que aqueles com os quais fui em 2004, mas claro nunca me vou esquecer dessa primeira participação. Sinto-me português e são-tomense, isso ninguém mo tira. [pro_ad_display_adzone id=”23774″]