Home Opinião 20 anos do LusoJornal: “O meu primeiro contacto com a Comunidade portuguesa em França”_LusoJornal·16 Setembro, 2024Opinião Mensagem de João Costa Ferreira Pianista Diretor da Maison du Portugal – André de Gouveia (CiuP) . Quando, em setembro de 2005, cheguei a Paris para prosseguir os estudos de piano que tinha iniciado em Leiria, fui morar para uma residência de estudantes de música vindos dos quatro cantos do mundo. Situava-se em Nanterre, onde residem muitos Portugueses, mas nem assim o contacto com a Comunidade portuguesa se proporcionou. O contexto internacional da residência, aliado à obsessão que tinha pelo sucesso dos meus estudos, manteve-me afastado dessa Comunidade durante vários anos. Fiquei a saber da existência do LusoJornal mais de quatro anos depois da minha chegada, precisamente no dia 2 de fevereiro de 2009. Com efeito, nesse dia fui recebido no Consulado Geral de Portugal em Paris por uma senhora chamada Rosa Maria que me deu a conhecer o jornal (tal como comprova a troca de e-mails que tive com ela nesse dia, e-mails que felizmente guardei). Foi ainda nesse mês que acabou por sair o primeiro artigo sobre um concerto que eu ia dar, ali perto do Consulado: “João Ferreira vai tocar na Salle Cortot em Paris” (Clara Teixeira in LusoJornal n° 201 de 26 de fevereiro de 2009). Este não foi só o meu primeiro contacto com o LusoJornal; foi também o meu primeiro contacto com a Comunidade portuguesa em França. A partir dali, passei a ler semanalmente o LusoJornal, ainda em formato papel, ávido por conhecer os eventos culturais organizados pela Comunidade, as iniciativas dos movimentos associativos, os eventos e sucessos desportivos, enfim, tudo o que se relacionava com os portugueses de França. À distância, em Portugal, os meus pais seguiam com o mesmo entusiasmo os acontecimentos lendo o formato desmaterializado do jornal. Era uma forma de eles se sentirem próximos, geograficamente falando. O meu primeiro contacto com a Comunidade portuguesa em França deveu-se sem dúvida ao LusoJornal. Foi nele que eu encontrei a forma de ir saindo de vez em quando do meu estúdio de piano e ir ao encontro daqueles com quem partilho a língua materna. Por essa razão, gostaria de dirigir uma palavra de agradecimento ao seu diretor, Carlos Pereira, assim como a todos os colaboradores pela coragem e esforços que, ao longo dos últimos 20 anos, têm permitido fazer o impossível.