Portuguesa está a ser julgada em Tulle por esconder filha na mala de um carro durante dois anos

Começa esta segunda-feira, dia 12 de novembro, o processo da Portuguesa Rosa Maria da Cruz, no Tribunal de Tulle, na Corrèze.

Há cinco anos, no dia 25 de outubro de 2013, foi descoberto que Rosa Maria tinha uma filha com quase dois anos de idade, que morava na mala de um carro e numa divisão escura da casa, sem que a própria família se apercebesse. A criança nasceu clandestinamente em Brive-la-Gaillarde. A mãe deu à luz em casa, durante a noite, quando o marido e os filhos dormiam, deixou a criança na mala do carro e no dia seguinte levou as crianças à escola como se nada tivesse acontecido.

Séréna tinha 23 meses quando foi descoberta, por mero acaso, pelos empregados de uma oficina de Terrasson-Lavilledieu, na Dordogne. A mãe escondeu a gravidez e depois deixou a menina na mala da carrinha familiar, durante quase dois anos, sem que ninguém se tivesse apercebido. Nem o companheiro Domingos Sampaio Alves, nem os outros quatro filhos do casal que viviam na mesma casa.

A criança, que viveu no silêncio e na escuridão, continua a apresentar sintomas de autismo irreversível, não fala, não comunica com ninguém, e a mãe, agora com 50 anos de idade, pode ter de cumprir até 20 de prisão. O marido já foi considerado inocente neste caso.

O julgamento deve prolongar-se até 21 de novembro.

 

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