Suspeito de incendiar edifício em Grasse vai hoje a tribunal e duas vítimas podem ser luso-cabo-verdianas

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O homem que confessou ter atiçado o fogo, involuntariamente, a um edifício de cinco andares no centro histórico de Grasse (Alpes-Maritimes), onde morreram três pessoas, vai hoje comparecer diante do juiz. Os corpos carbonizados das três vítimas estão ainda em curso de identificação, mas dois deles podem ser o do luso-cabo-verdiano Edmilson Rocha e da namorada Edla. A família está sem notícias do jovem casal desde o dia do incêndio, dia 13 de agosto.

O homem de 47 anos que agora vai a tribunal reconheceu ter atirado com um cigarro para as escadas do edifício, mas diz que não tinha intenções de pegar o fogo ao prédio. Num primeiro tempo negou qualquer implicação, até que foi confrontado com as imagens das câmaras de vídeo da cidade. Dois minutos antes do fogo ter começado, o homem saiu do edifício, eram 2h49 da manhã, segundo o Procurador da República de Grasse, Damien Savarzeix. O suspeito tem cadastro limpo e trabalhava na Brasserie da cidade, logo ao lado do prédio que ardeu.

Sobre as vítimas do incêndio, sabe-se apenas que se trata de um homem e duas mulheres. Uma das mulheres lançou-se pela janela do edifício e foi encontrada inanimada pela polícia, os outros dois foram devorados pelo incêndio.

Edmilson Rocha e a namorada Edla, nasceram em Cabo Verde, mas também têm a nacionalidade portuguesa. O casal vive em França há pouco mais de um ano, não tem filhos, e teria mudado recentemente para o centro histórico da cidade, onde ocorreu o drama.

A família está sem notícias do jovem casal desde domingo e alguns dos irmãos de Edmilson já estão em França. Esperam que os jovens estejam bem, e dizem ter insistido junto da Embaixada portuguesa para obterem mais informações, também sem sucesso.

Grasse situa-se bem perto de Antines, Cannes e Mougins e tem uma geminação com Vila Real. É conhecida por ser a “cidade do perfume” por ali estarem instaladas as grandes indústrias de perfume do mundo, mas é também uma cidade com uma taxa de pobreza elevada, sobretudo devido ao encerramento de várias fábricas, nos anos 1970 e 1980.

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LusoJornal