Paralímpicos: Portugal chega aos Jogos Paris’24 com “muitos motivos de orgulho”


Portugal parte para os Jogos Paralímpicos Paris’24 com uma comitiva de 27 atletas, e com o sentimento de “dever cumprido” na renovação e no futuro do desporto, garantiu o Presidente do Comité Paralímpico de Portugal (CPP).

“Partimos para Paris com vários motivos dos quais nos podemos orgulhar: temos a média mais baixa de idades (31 anos), a mais baixa desde Pequim2008, o maior rácio de participação feminina, e um número recorde de modalidades”, afirmou José Lourenço.

O Presidente do Comité Paralímpico de Portugal (CPP) lembrou que este “foi o primeiro ciclo completo em que se verificam condições de equidade entre olímpicos e paralímpicos”.

“Os Jogos Paris2024 são uma etapa, mas já com os olhos postos em Los Angeles2028 e Brisbane2032”, afirmou José Lourenço, destacando o compromisso do CPP “com a renovação e o futuro do desporto paralímpico”.

O líder do CPP deixou uma mensagem aos atletas: “Não se sintam pressionados, a única coisa que têm de fazer é competir, todos nos sentiremos orgulhosos de vós”.

O Secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Carlos Abreu Amorim, que exprimiu aos atletas “a gratidão do governo”, também não estabeleceu metas em relação aos resultados nos Jogos, que decorrerão entre 28 de agosto e 08 de setembro.

“Vocês são um grande exemplo para toda a juventude portuguesa, e para todos nós. Não há metas de resultados, vamos sofrer e celebrar convosco. Obrigado por nos fazerem sonhar, obrigado por todas as alegrias que nos têm dado”, disse.

Na apresentação da comitiva, que contou com a presença de Vitor Pataco, que em breve deixará a Presidência do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), a Secretária de Estado da Ação Social e Inclusão, Clara Marques Mendes, reiterou o “compromisso do Governo com o desporto” e considerou que os atletas paralímpicos são “um orgulho, e um exemplo de resiliência e empenho”.

O Chefe da missão portuguesa aos Jogos Paralímpicos Paris’24, Luís Figueiredo, classificou os atletas como “embaixadores da resiliência e da determinação capazes de com sonho, trabalho árduo e determinação inabalável mostrarem que é possível ultrapassar obstáculos”.

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Portugal vai contar com 27 atletas nos Jogos Paralímpicos Paris’24, o número mais baixo desde os Jogos Seul1988, que vão competir num número recorde de recorde de 10 modalidades.

Em relação aos Jogos Tóquio2020, Portugal leva menos seis atletas, mas mantém na comitiva, o canoísta Norberto Mourão e o lançador do peso Miguel Monteiro, os ‘donos’ dos dois bronzes conseguidos em 2021, depois de os Jogos terem sido adiados um ano devido à pandemia de Covid-19.

O boccia é a modalidade mais representada, com sete elementos, seguida do atletismo, com seis, e natação, com quatro.

Seguem-se a canoagem, o ciclismo e o judo, todos com duas, enquanto badminton, tiro, triatlo e o powerlifting apresentam um elemento, cada.

Paris acolherá uma das mais pequenas comitivas portuguesas de sempre, apenas superior aos 13 atletas, das modalidades de atletismo e boccia, que marcaram presença nos Jogos Seul1988, mas que conquistaram um total de 14 medalhas.

Como acontece desde os Jogos Seul1988, a competição paralímpica partilha as instalações com a olímpica, e deverá juntar cerca de 4.400 atletas, em 549 eventos, de 22 modalidades.

Ao longo de 12 participações, 11 das quais consecutivas, Portugal conquistou 94 medalhas em Jogos Paralímpicos, sendo 25 de ouro, 30 de prata e 39 de bronze.

LusoJornal