Alunos da ACEP em visita de estudo a Lisboa

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A ACEP (Association Culturelle pour les Etudes Portugaises) instalada nos locais do Collège do grupo “Fénelon-Sainte-Marie” (47 rue de Naples) em Paris, dedica-se desde 1982 ao ensino da Língua e Cultura Portuguesas. Desde o início, a ACEP teve o projeto de valorizar a cultura de origem, estabelecendo pontes entre as culturas portuguesa e francesa.

É neste contexto que nós, um grupo de 14 alunos de Terminale, acompanhados por dois professores, tivemos o prazer de participar numa viagem de visita de estudo a Lisboa, de quinta-feira 18 a segunda 22 de maio de 2023.

Esta viagem permitiu-nos aprofundar os nossos conhecimentos sobre os conteúdos lecionados no âmbito da disciplina de Português, enriquecendo a nossa bagagem cultural, histórica e literária através da visita de diferentes espaços de identidade nacional.

A viagem começa em Orly onde nos encontrámos quinta-feira às 19h30 (fomos todos pontuais). Após as formalidades no aeroporto, entrámos no avião de bancos verdes. Passadas duas horas e meia aterrámos em Lisboa às 22h30 e depois de uma árdua odisseia em frente das teimosas máquinas de venda de bilhetes de Metro (que em vez de imprimirem os bilhetes vomitavam as moedas em troco de notas), chegámos à pousada, um belo edifício perto do centro de Lisboa. Eram horas de dormir, no entanto alguns alunos, com a barriga a dar horas, foram empaturrar-se no Mac Donald.

Sexta-feira levantámo-nos cedo, atravessámos o Parque Eduardo VII (seria melhor um topónimo mais chegado à alma lusa), parámos na rotunda do Marquês para ouvirmos o audioguia sobre o Marquês de Pombal, que do alto do gigantesco plinto, aprecia a sua obra. Descemos a bela Avenida da Liberdade, passámos pelos Restauradores onde tivemos que ouvir, sem pestanejar, mais uma lição sobre a Restauração. Continuámos até à Praça do Rossio que na realidade se chama Praça D. Pedro IV, em homenagem ao rei soldado, primeiro Imperador do Brasil (1822-1831) e também rei de Portugal entre março e maio de 1926. Situado nesta praça está o Teatro Nacional Dona Maria II, e à esquerda a estação ferroviária do Rossio com a imponente fachada do século XIX. Estava bom tempo em Lisboa.

Continuámos a nossa caminhada até à belíssima Praça do Comércio (o Terreiro do Paço), praça real onde um rei foi morto. Parámos diante da estátua equestre de D. José I (primeira estátua equestre realizada em Portugal e o primeiro monumento dedicado a uma pessoa viva) e ouvimos uma aula sobre «Lisboa Pombalina» no local e momento próprios.

De tarde subimos até ao Castelo S. Jorge passando pela Sé cujo gótico da capela merece atenção. A súbida é íngreme, através de torcidos becos. Enfim chegámos à porta onde morreu entalado Martim Moniz, fortaleza de tantas e tão remotas lutas desde romanos, visigodos e mouros. Lá está a estátua do nosso primeiro rei, o Conquistador (1109-1183) que, com o auxílio dos Cruzados, conquistou Lisboa aos mouros em 1147. Tivemos direito a uma aula sobre a Reconquista e a fundação do Reino de Portugal.

No dia seguinte, gozando o esplêndido e luminoso sol, enchemos de bom ar o peito e rumámos para o Restelo, local imortalizado pelo mais ilustre poeta da Língua Portuguesa, Luís de Camões. Começámos por visitar a Torre de Belém, edificada entre 1514 e 1519, com a visita marcada para as 10h00, uma obra de joalharia, com o seu maravilhoso varandim virado para o rio, uma das maiores obras do estilo manuelino. Nos Jerónimos, mosteiro mandado construir no início do século XVI pelo Rei D. Manuel, ponto culminante da arquitetura manuelina, ficámos maravilhados perante o belo portal virado para o rio, trabalhado como filigrana. Tivemos também o prazer de visitar o belíssimo claustro. Em virtude de uma longa fila de espera, não pudemos, infelizmente, visitar a basílica onde se encontram as sepulturas de Luís de Camões e de Vasco da Gama, comandante da armada que, em 1497, deixou o Restelo rumo à India.

No fim da tarde, para descansarmos, fomos deambular pelo Bairro Alto e Chiado, visitámos a Praça Camões, a igreja de São Roque e cumprimentámos o «nosso Pessoa nacional».

No último dia fomos passear no Parque das Nações, uma montra da metrópole à beira-Tejo, lugar apetecível para fins lúdicos. Almoçámos na catedral dos tempos modernos e lá passámos uma boa parte da tarde na gigantesca área de lazer. Após uma volta de teleférico rumámos para o estádio de Alvalade onde havia o jogo Sporting-Benfica e aí apercebemo-nos da importância deste desporto em Portugal. (Para quem não conhece o resultado, as duas equipas empataram).

Como o orçamento era reduzido acabámos por ver o jogo numa Pizzeria, onde jantámos.

Os professores organizaram esta magnífica viagem para despertar em nós o gosto pela História de Portugal, estabelecendo pontes entre o passado e o presente. O objetivo foi atingido. Foi pena serem poucos dias pois tivemos que regressar às aulas para prepararmos o exame do Bac que esperamos seja um sucesso para todos.

Não terminamos sem agradecer a todas as pessoas envolvidas neste projeto, aos professores, ao Jorge Marques (antigo jornalista na Rádio Comercial, fotógrafo e navegador solitário) que teve a amabilidade de fazer uma reportagem fotográfica, e à Diretora da ACEP, Zita Salgado, que fez o possível e o impossível para que o sonho se tornasse realidade. Bem hajam todos por nos terem proporcionado esta visita inolvidável.

Os Alunos de Terminale da ACEP.

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