Conselho da Diáspora debateu a “Economia no nosso Planeta” em Cascais

7º Encontro do Conselho da Diáspora teve lugar em Cascais e o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, apelou aos Conselheiros presentes para que difundam lá fora as oportunidades do Programa de Apoio ao Investimento da Diáspora. “Eu não posso dizer muitas vezes que são os embaixadores do país, mas diria que vocês são pelo menos uns belos propagandistas do país e pedia-lhes que fizessem a propaganda deste programa”, lançado na semana passada pelo Governo português, afirmou o Chefe da diplomacia, na abertura do encontro.

Santos Silva referiu que “uma das realidades menos conhecidas do país é o contributo da diáspora para o crescimento económico” de Portugal, mas referiu que esse contributo “sempre existiu” e exemplificou com as remessas dos emigrantes, que “são uma das fontes de poupança de que o país mais tem beneficiado”.

O programa, apresentado por Santos Silva durante o IV Encontro de Investidores da Diáspora, em Viseu, visa canalizar apoios e incentivos “que é expressamente dirigido ao investimento oriundo da diáspora”.

O Ministro apelou ainda à articulação das diferentes redes da diáspora como as dos Portugueses que investem lá fora, as dos quadros portugueses, as redes dos órgãos de comunicação social, ou as redes dos luso-eleitos para cargos públicos, pedindo contributos aos Conselheiros de como isto pode ser feito.

Referindo que a única resposta às “carências gritantes” da rede externa não é só contratar mais gente, Santos Silva referiu que é preciso fazer a “transição digital na relação do Ministério dos Negócios Estrangeiros com as Comunidades residentes no estrangeiro”.

“Temos que tornar os procedimentos mais fáceis e temos de usar procedimentos e formas de contacto que aligeirem, tornem mais rápida e acelerem o contacto das pessoas e a prestação de serviços por parte das entidades públicas”, disse Santos Silva.

O Presidente do Conselho da Diáspora disse que aquela entidade tem por objetivo estimular o aparecimento de mais congéneres em África e, “a prazo”, criar uma federação.

Com a ajuda do EurAfrican Forum, uma iniciativa que o Conselho da Diáspora lançou há dois anos, foi possível “já estimular a criação de Conselhos da diáspora em cinco países africanos: Moçambique, Nigéria, Etiópia, Angola e Guiné-Bissau”, disse Filipe Botton em declarações à Lusa.

Segundo o também empresário português, “estas congéneres são totalmente independentes”, estando a ser criadas por pessoas nesses países. “Nós, Conselho da Diáspora, estamos meramente a estimular esse aparecimento e a dar um pouco a nossa experiência”, sublinhou.

Porém, adiantou que o Conselho da Diáspora “acha extremamente importante” poder “a prazo, criar quase que uma federação dos Conselhos das diásporas”, permitindo “articular as várias mensagens e sobretudo as entreajudas que possam existir nesse domínio”.

O Conselho da Diáspora, que reúne 96 Portugueses destacados no mundo, debateu em Cascais – onde apenas participaram 62 Conselheiros – a “Economia no nosso Planeta”, no seu sétimo encontro, que contou também com a participação do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Para o Presidente do Conselho da Diáspora, Filipe de Botton, este número de participantes “demonstra uma preocupação de estarem presentes, de se aproximarem de Portugal, de poderem fazer as sugestões que acham que valerá a pena” e ainda “em criarem um ‘networking’ desta diplomacia”, realçou.

De França há 5 Conselheiros da Diáspora: Christophe Fonseca (realizador), José Santos (Insead), Júlio de Almeida (Vinci Energies), Júlio de Sousa (Mecachrome Group) e Philippe Mendes (Galerie Mendes).

 

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LusoJornal