LusoJornal | LSGDeputado Carlos Gonçalves quer intervenção no Cemitério Militar Português de RichebourgCarlos Pereira·Comunidade·13 Novembro, 2025 Durante a recente audição do Ministro da Defesa, Nuno Melo, na Assembleia da República, o Deputado social-democrata eleito pelo círculo eleitoral da emigração na Europa, Carlos Gonçalves, pediu uma intervenção no Cemitério Militar Português de Richebourg, onde estão enterrados, em França, 1.831 soldados do Corpo Expedicionário Português (CEP). “Senhor Ministro, eu venho aqui falar de uma questão importante para Portugal, que é a preservação da memória. Estou a falar dos antigos combatentes que estão sepultados no estrangeiro, nomeadamente no Cemitério Militar de Richebourg, em França. Desde 2022, um cemitério que é reconhecido pela Unesco como um lugar de memória” começa por explicar o Deputado Carlos Gonçalves. “Eu sei que o senhor Ministro está atento a esta questão, tem um programa que é de preservação e conservação de memória, mas queria chamar a atenção que o Cemitério Militar de Richebourg, apesar dos esforços que foram realizados, merece uma manutenção permanente e neste momento, estamos outra vez confrontados com uma situação em que talvez seja necessário mudar algumas lápides e, sobretudo, o portão monumental da fachada posterior do Cemitério está em condições preocupantes em termos de segurança, sabendo que aquele Cemitério está junto ao Cemitério indiano e ao Cemitério inglês, que é visitado por muitas escolas e por muitos portugueses, então chamo a atenção para esta questão que me parece, a mim, muito importante”. Para argumentar o pedido, o Deputado Carlos Gonçalves lembrou que “a memória de Portugal passa também por aqueles 1.831 soldados que morreram na Batalha de La Lys, que estão sepultados na linha da frente e que realmente simbolizam aquilo que é muito da história de Portugal. É um simbolismo para Portugal, é um simbolismo para as Comunidades portuguesas e é, sobretudo, um simbolismo no momento que o mundo vive, para que tenhamos capacidade de refletir”. O LusoJornal já tem noticiado várias vezes o estado de algumas lápides onde já não se consegue ler o nome dos soldados que lá estão sepultados e para o portal que, apesar de ter sido recentemente reparado, continua com aberturas e com peças que ameaçam descolar-se e ferir alguém. “Quando lá vou visitar o Cemitério costumo dizer que também devia ter uns bancos para que aqueles mais idosos se possam sentar, possam olhar e os mais novos vissem a coragem daqueles que, por Portugal, pela liberdade e pelo futuro da Europa, combateram e faleceram em nome da nossa pátria”.