Embaixada de Portugal em França foi centro de reflexão sobre política europeia durante a Presidência da UE

[pro_ad_display_adzone id=”46664″]

 

A Embaixada de Portugal em França acompanhou a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia (UE) promovendo encontros entre Embaixadores dos 27 e Ministros, empresários e políticos que deram a perspetiva gaulesa da política europeia, afirmou o Embaixador português. “Tive um colega que disse que não éramos uma presidência, éramos um ‘think tank’ [centro de reflexão]. (…) É evidente que a França tem um papel importante como produtor de notícias em política europeia, o que torna ainda mais importante dar o seu ponto de vista”, explicou Jorge Torres Pereira, Embaixador de Portugal em França, em declarações à Lusa.

Durante os últimos seis meses, a Embaixada de Portugal em França foi palco de várias reuniões privadas entre Ministros franceses, mas também outras figuras como a autarca de Paris, Anne Hidalgo, ou o Presidente da Peugeot, Carlos Tavares, com os Embaixadores dos 27 Estados-membros da UE de forma a prolongar o debate sobre as prioridades para a política comunitária.

Apesar de “não ser fácil” conciliar as agendas ministeriais, aliada à complicada situação sanitária, o diplomata português considerou que os últimos seis meses permitiram a Portugal fazer “novos contactos” e mostrar a sua capacidade “a chamar interlocutores importantes” para falar de política europeia.

No geral, Jorge Torres Pereira considerou que a presidência portuguesa demonstrou “muita habilidade”, tendo conseguido avançar em dossiers importantes como a aprovação do passe sanitário, na Europa social e ainda a política externa europeia em relação a África e à Índia.

Paris é também um ponto importante como eixo da política europeia, já que no primeiro semestre de 2022, caberá a este país assumir a presidência do Conselho da União Europeia, data que vai coincidir com as eleições presidenciais. “Sabemos desde já que os franceses vão concentrar todas as reuniões formais, que se organizam no próprio país, nos primeiros três meses do ano”, indicou Jorge Torres Pereira.

Mas a presidência portuguesa deixa ainda outras marcas na relação com a França. “O que era importante era cortar com a tentação das perceções antigas, que roçam o paternalismo. O mais importante é a seriedade e consistência da nossa capacidade profissional”, defendeu.

A Embaixada começa agora outro capítulo: a organização da Temporada cultural cruzada entre Portugal e França. Embora já esteja a ser desenhada há muitos meses, esta temporada vai começar agora a tomar forma para começar já em fevereiro de 2022, com uma abertura “espetacular” em Paris. “Temos a ideia de que vai ser um desabrochar depois de quase de dois anos em que foi tudo precário e a atividade cultural teve um impacto importante”, concluiu o diplomata.

A quarta presidência portuguesa da UE terminou a 30 de junho, passando o testemunho à Eslovénia, à frente do Conselho da União Europeia nos próximos seis meses.

 

[pro_ad_display_adzone id=”37510″]

LusoJornal