Filme português de Ary Zara eleito “Melhor filme queer” no Festival de Clermont-Ferrand

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O Festival Internacional de Curta-Metragem de Clermont-Ferrand só vai terminar no sábado, mas esta quinta-feira já foi anunciado o prémio de “Melhor filme queer”, atribuído à curta-metragem portuguesa “Um caroço de abacate”, do realizador trans Ary Zara.

O filme foi produzido pela Take it Easy, é uma ficção que narra o encontro entre “Larissa, uma mulher trans e Cláudio, um homem cis”, numa noite em Lisboa, como refere a sinopse, sendo as interpretações de Gaya de Medeiros e Ivo Canelas. “É uma história muito simples, livre de violência e de morte, e a pensar em novas possibilidades para pessoas trans” diz o realizador. “Escolhi este tema, porque sou uma pessoa trans e estou habituado a ver pessoas como eu no grande ecrã a serem constantemente vítimas de violência, a morrerem e a não poderem expressar felicidade e amor”.

“Um caroço de abacate” estreou em 2022 no festival IndieLisboa, onde aliás foi premiado, e também está em competição do festival de Clermont-Ferrand, pelo que, no sábado, ainda pode receber mais prémios.

Na competição internacional estão ainda “Ice Merchants”, de João Gonzalez, “O homem do lixo”, de Laura Gonçalves, e “Slow Light”, dos polacos Przemyslaw Adamski e Katarzyna Kijek, coproduzido por Portugal, e “As sacrificadas”, de Aurélie Oliveira Pernet.

Na competição Lab de Clermont-Ferrand está o filme “Please make it work”, de Daniel Soares, e no programa “African Perspetive” está “Mistida”, de Falcão Nhaga.

O cartaz oficial do festival é assinado pela realizadora e ilustradora portuguesa Regina Pessoa.

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LusoJornal