[pro_ad_display_adzone id=”46664″]
A Câmara do Fundão está a desafiar os emigrantes, imigrantes e refugiados a partilharem as suas histórias para poder criar o Arquivo Audiovisual das Migrações, disse à Lusa o Presidente daquela autarquia do distrito de Castelo Branco.
“A nossa ambição é criar o maior arquivo oral e de imagem ligado às migrações, à experiência das migrações, visando não só os emigrantes da primeira geração mas também todos os que continuam a emigrar à procura de novas oportunidades e àqueles que encontraram aqui oportunidades”, explicou Paulo Fernandes.
O projeto decorre em parceria com o Jornal do Fundão e as inscrições para que cada um possa partilhar testemunhos começam no dia 15 de julho.
O objetivo é reunir o maior número possível de relatos daqueles que tiveram de procurar melhor vida noutro país, mas também daqueles que fizeram o movimento contrário e que optaram por Portugal para se fixarem, ou seja, os imigrantes e os refugiados que o território tem acolhido.
O resultado deverá contribuir para preservar a memória das migrações e será depois partilhado numa plataforma digital, que estará ao dispor da comunidade em geral e também da comunidade académica.
O projeto engloba ainda uma componente física, que ficará instalada no Seminário do Fundão e integrará o Centro Interpretativo das Migrações, que está a ser promovido pelo Governo em parceria com várias autarquias.
Frisando a importância de registar testemunhos antes que eles se possam perder, Paulo Fernandes também destacou que esta recolha abarca não só a emigração dos anos 60 e 70 (do século XX), como as segunda e terceira gerações (os filhos, os netos e até os bisnetos) e a forma como estas mantêm os vínculos ao território e à portugalidade.
Ou seja, é um projeto que também deverá promover o diálogo intergeracional e simultaneamente contribuir para reforçar laços de inclusão e da lusofonia.
A isto, junta-se ainda a componente dos portugueses que emigraram mais recentemente, bem como dos estrangeiros que escolheram o país e a região como país de destino ou ainda aqueles que foram acolhidos por razões humanitárias.
“Temos aqui também questões muito significativas ao nível da Educação, nomeadamente para aquilo que é um país e uma região mais inclusiva e de acolhimento, mais tolerante e mais cosmopolita”, acrescentou.
[pro_ad_display_adzone id=”37510″]